A direção do Banco do Brasil aceitou, na negociação que aconteceu em São Paulo na última segunda-feira, as reivindicações do Comando Nacional de garantir o pagamento da parte móvel da PLR (40% sobre E6, de E6 mais comissão para caixa, ou VR) sem nenhum tipo de vinculação ao cumprimento do Acordo de trabalho. Esse valor seria garantido a todos. Outro ponto atendido é que, pela nova regra, ninguém receberá menos que o valor do semestre passado. Pelas contas feitas, a nova regra de PLR é melhor para 96% dos funcionários, mas em alguns casos, principalmente os que estão acima do E6, poderiam ser prejudicados. Com a mudança, isso não acontecerá mais.
“A proposta avançou em vários pontos, principalmente a valorização dos que ganham menos, com o pagamento 4% do lucro de maneira linear, que é a lógica que queremos negociar com a Fenaban”, diz Vagner Freitas, presidente da CNB/CUT. “Mas deixamos claro que o acordo de PLR não interfere em nada na participação dos bancários do BB na greve, até porque temos de conquistar aumento real de salário e o banco já disse que vai seguir o que for determinado na Fenaban”.
Assembléia sobre PLR e Parcela Previ – hoje, dia 4/10, acontece no Sindicato dos Bancários do Ceará assembléia específica do BB para apreciar sobre o acordo de PLR e informar sobre o plebiscito da Parcela Previ.
Essa proposta nada tem a ver com a Convenção Coletiva Nacional, que ainda está sendo negociada com a Fenaban. “Os próprios negociadores admitiram que a possível greve não interfere no acordo da PLR. Em caso de aprovação nas assembléias, será assinado à parte”, afirma Marcel Barros, coordenado da Comissão de Empresa.
Fora a negociação com a Fenaban, PLR e a Parcela Previ ainda há vários pontos específicos a serem discutidos, como a situação da Cassi, PCS/PCC e a Isonomia entre todos os funcionários.
Veja exemplos de PLR (semestral)
Escriturário - R$ 1.780
Caixa - R$ 1.975,70
Asneg - R$ 2.137,04
Gerência média R$ 1.316 + 40% do VR |
04/10/2005
