As negociações entre entidades representativas dos becistas e a direção do Bradesco tiveram continuidade na quarta-feira, dia 15/2, com pouco avanço em alguns pontos. Na ocasião, os diretores do Sindicato dos Bancários levaram uma pauta de reivindicações, que sintetiza a busca por equacionamento de algumas questões de interesse dos funcionários do BEC. Participaram da reunião pelo Sindicato, o presidente Marcos Saraiva, os diretores Erotildes Teixeira, Telmo Nunes, Gabriel Motta, Robério Ximenes e o assessor jurídico do Sindicato, Carlos Chagas. Pelo Bradesco, compareceram ao encontro, o gerente de RH local, Antonio Carlos Vilar, a diretora de Relações Sindicais, Eduara Carvalheiro e o diretor de Relações Trabalhistas, José Luiz Bueno.
Sobre a manutenção das horas extras, a resposta foi que não há posição firmada por parte do banco, mas que será avaliada a questão. A prática no Bradesco, segundo os diretores é a jornada de 6 horas, sem extras. Sobre a proposta de plano de incentivo à aposentadoria, apresentada pelo Sindicato, os representantes do banco afirmaram que o Bradesco nunca fez esse tipo de plano, que não é comum nos bancos privados esse procedimento. No entanto, disseram que esse tema merece análise aprofundada “Mas não vendemos ilusão”, disse Bueno. Anunciaram que o pagamento continua sendo no dia 20 até este mês. A partir de março, o pagamento será no penúltimo dia útil de cada mês. Anunciaram que “se algum funcionário tiver problemas de saldar seus débitos, o banco vai ajudar, examinando caso a caso e dando alternativas. Será mantido o incentivo à capacitação, mas não haverá renovação com mais ninguém. “O banco tem outra maneira de atuar nessa área, inclusive investe R$ 60 milhões/ano em capacitação”, disse Bueno. Sobre o plano de saúde, o Bradesco assiste a todos funcionários, a partir da admissão, e seus dependentes até 21 anos, ou até 24 anos se universitário. O plano é nacional e sem custos para o funcionário. Quanto a inclusão dos ex-becistas no Plano, a Seguradora Bradesco já está estudando como fazer isso no menor espaço de tempo. O plano de saúde do Bradesco só assiste os funcionários ativos. Quanto às consignações, das quais dependem as entidades representativas dos bancários, a resposta do banco é que as consignações devem ser descontadas como débitos em conta e não mais em folha de pagamento. Sobre a Caixa de Previdência – Cabec, os diretores do Sindicato enfatizaram a necessidade de por fim à intervenção. A idéia do Bradesco é a equalização do plano e oferecer aos funcionários o que o banco já tem para todos. “Não temos condições de adiantar nada sobre a Cabec”, anunciou o diretor do banco. Sobre estagiários e terceirizados, os diretores anunciaram que estão estudando o caso, mas que não há determinação do RH para proceder entrevistas visando aproveitamento deste ou daquele estagiário ou terceirizado. No entanto, garantiram que não haverá nenhuma decisão abrupta – tudo será conversado antes com o movimento sindical. Quanto às anomalias de contratações desse tipo de pessoal o banco vai verificar o caso. Sobre acordo coletivo, disseram os diretores do Bradesco, que tudo é que regra será respeitado. Mas, quanto ao passivo trabalhista e os casos de dívida dos funcionários ficaram pautados para uma próxima reunião, ainda sem data marcada. |