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30/08/2006 |
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CAMPANHA NACIONAL 2006 |
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Hora de pressionar mais para arrancar proposta |
A pressão dos bancários começa a fazer a diferença na mesa de negociação da Fenaban. Depois de dizerem não para todas as propostas dos bancários na reunião passada, nesta terça, 29/8, admitiram, depois de muita pressão, começar a discutir melhorias na segurança e o combate ao assédio moral em mesas específicas.
“Os representantes dos banqueiros nunca quiseram discutir esses temas, sempre disseram que eram questões técnicas e, no máximo, aceitariam sugestões. Mas a pressão dos bancários em todo o País fez com que mudassem de postura”, afirma Vagner Freitas, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Mas precisamos aumentar ainda mais a pressão para arrancar uma proposta decente porque banqueiro não dá nada de graça”.
Segurança e assédio moral Em protesto contra a falta de segurança, os representantes dos bancários foram para a negociação todos de preto, em luto por causa da bancária assassinada em uma agência do Sudameris, em São Paulo, na semana passada. Como o tema vem adquirindo proporções assustadoras, a Fenaban voltou atrás e resolveu aceitar negociação em mesa específica que será constituída.
Depois de ser desafiado na semana passada a apresentar dados técnicos sobre assédio moral, o Comando Nacional também entregou, nesta terça, pesquisa nacional feita com milhares de bancários que demonstra que mais de 40% relataram que foram vítimas de atitudes negativas no local de trabalho e boa parte já foi exposta a situações de assédio, além de documento com reflexões sobre o tema. A Fenaban também teve de voltar atrás e aceitar a criação de uma mesa temática.
Proposta de reajuste e PLR Na negociação, não houve nenhum avanço em relação ao aumento real de salário e sobre a melhora na PLR. Apesar de sua lucratividade recorde, os bancos negam aumento real. Sobre PLR, não querem avançar nada na proposta feita pelos bancários, que é de um salário mais R$ 1.500, mais 5% do lucro líquido divididos de maneira linear para todos os funcionários. “Os banqueiros têm a cara-de-pau de não propor nada, para mudar essa postura temos de nos mobilizar cada vez mais e fazer diversas atividades para ‘convencê-los’ ”, diz Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT.
Dia Nacional de Luta O Comando Nacional indicou para a próxima segunda-feira, dia 4 de setembro, que os sindicatos façam atividades por todo país no Dia Nacional de Luta. Esse dia antecede a provável data da próxima negociação, 5 de setembro, em que a Fenaban se comprometeu a apresentar proposta econômica. “Temos de fazer uma grande manifestação para convencê-los a apresentar uma proposta decente”, conclui Vagner. |
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