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29/11/2007 |
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INFORME QUINTA-FEIRA, DIA 29/11 |
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Bancos estão entre campeões de afastamento por doença |
Enquanto os bancos insistem em discriminar os bancários afastados em licença-saúde, negando a eles direitos como VA, VR e 13ª cesta-alimentação, a Previdência Social acaba de lançar um estudo que traz mais evidências mostrando que o trabalho nos bancos é, sim, perigoso.
A afirmação é confirmada por recente estudo do INSS que atesta que os bancos afastam muitos trabalhadores, o fazem com grande gravidade e que isso causa um custo muito alto para as contas públicas. Entre 2000 e 2004, numa amostragem, 5.355 bancários tiveram problemas de saúde que os afastaram por mais de 15 dias (quase 2% do total nacional). A alta gravidade dos afastamentos pode ser comprovada pela quantidade de dias de licença em média: 442 dias, contra uma média nacional de 269 dias de afastamento. Por fim, geram um alto custo (R$ 65,00 por dia em média), contra R$ 37,00 do total nacional.
Dados como estes resultaram na criação de uma lei, no final de 2006, que definiu o aumento do pagamento da alíquota dos bancos ao INSS para a categoria de risco máximo (de 1% para 3% da folha de pagamento). Essa lei foi regulamentada por decreto em fevereiro de 2007, mas os bancos têm conseguido fazer lobby para protelar o início do pagamento. O último adiamento jogou a cobrança para janeiro de 2009.
Assédio moral, mobiliário inadequado, e condições precárias de trabalho de uma forma geral, tão comuns nos bancos, geram para o País um custo de R$ 40 bilhões por ano, segundo o diretor do Departamento de Política de Saúde e Segurança Operacional do Ministério da Previdência Social, Remígio Todeschini.
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