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22/12/2005 |
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Edição 911 de 22 a 31 de dezembro de 2005 |
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EDITORIAL |
A grave crise política, que há meses mexe com o povo brasileiro, trás à tona antigos problemas vividos pelos partidos políticos e que, pela sua dimensão, põe em xeque, inclusive, o governo do presidente Lula. Novamente como já aconteceu em outros momentos da história, os setores das classes dominantes mais conservadores e antipatrióticos movimentam-se para exterminar um governo progressista eleito sob o compromisso de lutar pela construção de um país soberano, democrático e desenvolvido. Assim fizeram contra Getúlio em 1954 e contra João Goulart em 1964. Agora é a vez de Lula.
A crise se tornou mais grave na primeira quinzena de julho quando veio à tona a divulgação de esquemas ilícitos de financiamento de campanha. A crise afetou todos os partidos. Mas, mesmo assim, a partir deste episódio, a oposição conservadora quis assumir o controle da situação e, com essa vantagem, busca imprimir à dinâmica da crise um desfecho que melhor favoreça ao seu real interesse, qual seja: detonar o atual governo.
Deste quadro emerge uma onda conservadora com alto poder destrutivo, que dia após dia atua para desmoralizar o presidente da República e seu governo, execrar e “linchar” o seu partido, explorando ao máximo os erros e limitações que os próprios dirigentes dessa legenda assumiram e, ainda, corroer a legitimidade conquistada pela esquerda brasileira ao longo de décadas de luta.
O PSDB e o PFL, que com o apoio da mídia sulista, operam o ataque contra o governo a partir do Congresso Nacional, são apenas a expressão partidária do que é a oposição conservadora no Brasil, envolvendo um verdadeiro sistema que abarca o chamado poder econômico e financeiro e as empresas de comunicação. Estes partidos, hipocritamente como já fizeram no passado, apresentam-se como guardiões da ética e da moralidade e procuram manipular a opinião pública, excitando sua ira cultivada contra a corrupção. O mesmo faz a chamada extrema esquerda, que auxilia nesta ofensiva.
Neste momento de reflexão chamamos à responsabilidade de todos os cidadãos, que têm compromisso com a moralidade e com o futuro do nosso país, em especial aos nossos colegas bancários que durante oito anos sentiram a navalha do desgoverno de FHC e Tasso Jereissati, onde milhares de companheiros foram demitidos, outros perseguidos e alguns chegaram ao extremo do suicídio. Não podemos admitir o retorno desta política de extermínio. Nossa luta tem que se fortalecer e devemos acreditar naquilo que queremos, e lutar para conquistar nossos objetivos. |
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