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04/07/2008 |
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INFORME SEXTA-FEIRA, DIA 4/7 |
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Real: começou o bate cabeça |
O banco Real deu uma demonstração de desrespeito com a representação dos trabalhadores na rodada de negociação ocorrida quarta-feira, dia 2/7, com a Contraf/CUT.
Os trabalhadores voltaram a reivindicar do banco a abertura de negociação sobre garantia de emprego para os funcionários durante a efetivação do processo de fusão com o Santander. Para isso, protocolaram pedido da Contraf/CUT de que fossem repassadas aos trabalhadores diversas informações essenciais para o processo negocial, garantindo o cumprimento dos princípios da OCDE e o diálogo social.
O RH do banco se esquivou de afirmar ou dar qualquer garantia aos trabalhadores, alegando também estar em compasso de espera, e admitiu não poder passar as informações que os funcionários gostariam de ter agora. A justificativa é que a fusão não está oficialmente concretizada internacionalmente: ela depende da emissão de uma Declaração de Não Objeção (DNO) pelo Banco Central holandês. Nessas circunstâncias, a empresa só poderia divulgar as informações oficiais, o que tem feito pelos seus canais internos.
A alegação, no entanto, se mostrou falsa poucas horas mais tarde. Uma mensagem no blog do atual presidente do Real e futuro do Santander, Fábio Barbosa, trazia uma série de informações sobre o processo, incluindo a criação de uma equipe de funcionários encarregada da transição e a criação de um Escritório de Integração.
A postura do banco de negar informações aos trabalhadores se limita à América Latina. Na Europa, uma das cláusulas previstas em lei que condicionam a emissão da DNO pelo BC holandês é a garantia de negociação e efetivação de acordos com a representação dos trabalhadores. Lá as negociações estão adiantadas. |
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