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26/08/2008 |
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INFORME TERÇA-FEIRA, DIA 26/8 |
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Juros bancários são os maiores em 20 meses |
Os juros cobrados pelos bancos subiram nas principais modalidades de crédito para pessoa física no mês de julho, atingindo a maior taxa média desde janeiro de 2007 (51,4% hoje, contra 49,1%), apesar de o volume de crédito ter atingido o recorde de R$ 1,086 trilhão, o que representa 37% do Produto Interno do Bruto (PIB).
Segundo a pesquisa mensal de juros do Banco Central divulgada ontem, dia 25/8, os juros médios cobrados pelo sistema financeiro somaram 39,4% ao ano – os mais elevados desde janeiro de 2007, quando atingiu 39,9% ao ano. Subiram 5,6% somente em 2008. No cheque especial, a taxa de juros subiu de 159,1% para 162,7% entre junho e julho deste ano. É a maior taxa desde agosto de 2003, quando era de 163,9% ao ano. O recorde é de 294% ao ano, registrado em julho de 1994.
No crédito para pessoas físicas, o aumento mais expressivo continua sendo na modalidade financiamento imobiliário, que cresceu 83%, alcançando R$ 3,067 bilhões, contra R$ 1,676 em julho de 2007. O financiamento por meio de cartão de crédito cresceu 26,8%. O crédito consignado continua em expansão, mas num ritmo menor (25%). No crédito para empresas, o carro-chefe tem sido o capital de giro, com crescimento de 82,9%.
No entanto, segundo o relatório do Banco Central, a taxa de captação dos bancos registrou um aumento de 2,8% em 2008, enquanto a taxa média de juros para pessoas físicas registrou um aumento de 7,5%, alcançando 51,4% ao ano - a maior desde janeiro de 2007. “Ou seja, enquanto o custo médio de captação dos bancos aumentou 2,8%, o custo médio de empréstimos para o cliente pessoa física dos bancos aumentou 7,5%. Esse aumento do spread de 4,7% vai muito além da elevação da taxa Selic, o motivo alegado pelos bancos para elevar os juros”, avalia Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf/CUT. “Isso tem um nome: concentração da riqueza via espoliação da sociedade pelos bancos”. |
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