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11/09/2008 |
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INFORME QUINTA-FEIRA, DIA 11/9 |
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Negros representam apenas 2,4% nos bancos |
O Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) realizou o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça. O destaque é para o aumento de mulheres chefes de família e a redução de desigualdade entre negros e brancos. Os dados apontam que os negros entram mais cedo e deixam o mercado de trabalho mais tarde do que os brancos, tanto homens quanto mulheres.
A renda dos negros aumentou, em média, R$ 19,00 em dez anos (de 1996 a 2006). Mas logo se percebe que não foi nenhum avanço, pelo contrário, a queda da diferença entre brancos e negros se deu devido à diminuição dos rendimentos médios dos homens brancos, que passaram de R$ 1.044,20 a R$ 986,50.
Nos bancos, os negros representam uma fatia de apenas 2,4% do quadro funcional em todo o País, enquanto os brancos são 84,1%. A estatística está no relatório social da Febraban referente a 2007 e apresentado recentemente.
Mulheres – Nos bancos, as mulheres representavam 48,7% do total de 430.839 funcionários de 29 instituições no final de 2007, contra 51,3% homens, segundo balanço social da federação dos bancos.
A discrepância entre os salários de bancários e bancárias é grande na maioria dos cargos. É o que aponta a Relação Anual de Informações Sociais (RAS) do Ministério do Trabalho e Emprego, quanto maior a hierarquia maior a diferença salarial entre homens e mulheres dentro dos bancos. Bancárias com cargo de caixa ganham em média 11,77% menos que os bancários. Para o cargo de gerente de vendas a diferença salarial é de em média 22,19% menos que os homens.
Diversidade – O Mapa da Diversidade, reivindicado pelos bancários, foi aplicado em junho pelos banqueiros. Até agora, nenhum resultado foi divulgado pela federação sobre o mapeamento do perfil da categoria. Dos 396.949 trabalhadores dos bancos que aderiram ao programa, 202.460 responderam à pesquisa, o que corresponde a 51% dos bancários brasileiros. Os dados são importantes no sentido de se conquistar a igualdade de oportunidades, com o fim de toda forma de discriminação nas instituições financeiras públicas e privadas. |
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