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19/09/2008 |
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INFORME SEXTA-FEIRA, DIA 19/9 |
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BNDES pode elevar capital para oferecer mais crédito |
O governo está disposto a aumentar o capital social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para elevar a sua capacidade de oferecer crédito. A hipótese foi admitida quarta-feira, dia 17/9, pelo presidente Lula, durante entrevista concedida um programa de TV.
Segundo o presidente, o governo adotará medidas de apoio ao BNDES, caso a crise das hipotecas americanas provoque a suspensão de crédito a empresas brasileiras. “Obviamente, se rarear o crédito internacional e os empresários brasileiros tiverem dificuldade de tomar dinheiro emprestado, vamos ter que tomar uma decisão de arrumar mais dinheiro para que o BNDES possa emprestar”, revelou Lula.
O presidente deixou claro que, se for preciso, o governo alterará as regras que, hoje, impedem o banco oficial de emprestar grandes somas de recursos a uma única empresa. A preocupação é com a escassez de crédito, possivelmente, a primeira forma de contágio da crise americana para países como o Brasil. Pelas regras de Basiléia e do Conselho Monetário Nacional, o BNDES só pode emprestar a um mesmo grupo econômico até 25% do seu patrimônio líquido de referência. Isso equivale a um teto de R$ 5,5 bilhões. Vários grupos já estão muito próximos desse limite, como são os casos da Petrobras, da Usiminas e da CSN. O governo não tem como alterar as regras de Basiléia, mas, se capitalizar o BNDES, na prática elevará os recursos disponíveis aos grandes tomadores.
Lula julga que o Brasil está preparado para enfrentar a atual crise. Ele mencionou o fato de o país ter diversificado seus parceiros comerciais, diminuindo a “dependência dos Estados Unidos”. O presidente também comemorou o fato de os bancos brasileiros não estarem “metidos com o subprime”, ou seja, com o crédito hipotecário de alto risco que desencadeou a crise americana.
Lula ressalvou que, graças ao tamanho da economia americana, uma recessão lá abalará todos os países. O presidente aposta que, apesar da crise externa, a economia brasileira continuará crescendo em ritmo acelerado. |
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