RSSYoutubeTwitter Facebook
Aumentar tamanho das letras Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Versão para impressão


  18/11/2008
INFORME TERÇA-FEIRA DIA 18/11

BB negocia alterações radicais no crédito rural

O Banco do Brasil negocia com o governo uma ampla alteração nas regras do sistema de crédito rural, instituído em 1965. Maior financiadora do setor, a instituição propôs aos formuladores da política agrícola uma "reengenharia" do sistema para ampliar as garantias de preços, indenizar as perdas climáticas e assumir riscos e custos de crédito do produtor.

Em documento inédito, já em discussão com as principais autoridades do governo e lideranças do setor, o BB defende uma mudança radical na relação com o setor rural ao propor o estabelecimento de taxas de juros pelo risco da operação, a criação de um Plano de Safra plurianual com bandas de intervenção oficial no mercado e políticas diferenciadas de acordo com o perfil de produtor, segmento e cadeias produtivas.
Nada disso ainda existe. A proposta do BB inclui, ainda, o fim das prorrogações das dívidas rurais - que geram tensões políticas com a bancada ruralista no Congresso - e o polêmico compartilhamento de riscos entre bancos e o Tesouro Nacional a partir do histórico do produtor, que tem resistência da equipe econômica do governo federal.

O BB também propõe a compulsoriedade da adesão ao seguro rural, proteção de preços (hedge), o uso de fundos garantidores e de catástrofe. Nesse caso, o próprio já avançou ao vincular o crédito de custeio à contratação de seguro e, em alguns casos específicos, de "hedge". O projeto de lei do fundo de catástrofe está parado no Congresso desde junho.
"O Banco do Brasil não formula política, mas é o principal financiador do setor, sentimos a necessidade. Por isso, essa proposta para discussão, que ainda precisa de amplo debate com segmentos e cadeias do setor", diz o vice-presidente de Agronegócios do BB, Luis Carlos Guedes Pinto. "O atual sistema está esgotado. As fontes de recursos são insuficientes. Temos que ampliar e diversificar porque há extrema concentração no Banco do Brasil, o que não é bom".

Ex-ministro da Agricultura (2005-2007), Guedes afirma que o "crédito não atrai porque a agricultura depende de clima, biologia, e não se ajusta porque trabalha com produto perecível, que tem milhões de ofertantes e poucos fornecedores". O executivo afirma que o setor é "de maior risco" em razão da grande instabilidade de preços. "O crédito não é atraente. Precisamos dar mais segurança e estabilidade de renda ao produtor".
Dono de uma carteira de dois milhões de contratos, o banco também defende a concessão de empréstimos rotativos e renováveis para o conjunto de empreendimentos de cada propriedade. Hoje, o produtor tem que fazer contratos individuais para financiar, por exemplo, a lavoura de soja, milho, algodão, trigo, pecuária. Esse ponto tem amplo apoio dos produtores rurais, mas enfrenta entraves burocráticos.

Em sua ampla proposição, o BB prega a subvenção para a produção e os preços rurais. E dá um exemplo em uma simulação: para "proteger" toda a safra de soja e milho (118 milhões de toneladas), com um subsídio de 50% do prêmio, o governo gastaria R$ 864 milhões em seguro rural e R$ 460 milhões em hedge de preços. Ou seja, com R$ 1,324 bilhão seria possível proteger R$ 38 bilhões em produção.
Para efeitos de comparação, basta lembrar que o Tesouro torrou, em 2007, R$ 3,26 bilhões com subsídios diretos ao setor, segundo o Tesouro. Se agregados os gastos com aquisições diretas e contratos de opção, o saldo sobe a R$ 3,82 bilhões. Nos últimos três anos, a atual política do governo resultou num gasto de R$ 10,6 bilhões em subsídios à comercialização, equalização de juros e seguro obrigatório (Proagro).

Isso sem contar o custo da renegociação das dívidas. No período entre 2000 e 2006, foram dispendidos outros R$ 10,1 bilhões para rolar essas dívidas. "O governo podia gastar de maneira mais inteligente e racional. Precisa se antecipar e assegurar subsídios ao seguro e "hedge". Com menos dinheiro, poderia dar garantia de renda e superar as renegociações", afirma Guedes. "Não tem mais sentido prorrogação todo ano. Se não reformular, vai haver isso todo ano e o governo acaba gastando mais que o necessário".
As premissas do Banco do Brasil para propor uma ampla reformulação estão amparadas no recente desempenho do setor. Desde 2002, os produtores "perderam" 31 milhões de toneladas - essa foi a diferença entre a projeção inicial da safra de grãos e o volume efetivamente colhido. Essa receita evaporou.

Além disso, o setor tem sofrido com a progressiva e acelerada mudança nas fontes de recursos para financiamento, que passaram de públicas para de mercado, além de ter visto o risco das operações passar da União para os bancos e a fatia do crédito rural cair para apenas um terço da necessidade ajustada pelo custo de produção. Isso fez o crédito minguar, o custo financeiro explodir e o risco aumentar. A carteira do banco tem sofrido o reflexo dessas dificuldades com a elevação das provisões para créditos duvidosos.
Mesmo com a crise financeira, o banco avalia que os produtores terão, pela primeira vez em muitos anos, um câmbio favorável na venda da safra. Na projeção do BB, a cotação do dólar na época da comercialização deve ser 30% maior que o câmbio no plantio. O problema continua a ser o crédito.
"O crédito disponível, mesmo aumentando as exigibilidades, representa 25% a 30% da demanda dos produtores", diz Guedes. "E não corresponde à realidade dizer que os juros saem a 6,75%". Na estimativa do BB, o produtor paga entre 15,4% (Sul do país) e 21% (Centro-Oeste) de juro no crédito. "Essa é a taxa real. Talvez fosse melhor taxas maiores, mas com maior volume de recursos oportunos, o que tornaria crédito mais atraente".

Versão para impressão Diminuir tamanho das letras Voltar Página inicial Aumentar tamanho das letras
 

Edições Anteriores

Clique aqui para visualizar todas as edições do Informe Bancário
 
SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO CEARÁ
  

 

Android cihazlariniz icin hileli apk indir adresi artik aktif bir sekilde hizmet içerir.
seks sohbet yapabileceginiz birbirinden guzel bayanlar telefonun ucunda sizleri yorumu. Üstün hd seks porno videolari itibaren bulunmakta.
Kayitli olmayan kileriler bilinmeyennumara.me isim soy isim sekilde sms ile bilgilendir.
Profesyonel ekip davul zurna istanbul arayan kisilerin kesinlikle kiralama yapabilecegi en guzel sitesi. Programsiz ve basit mp3 müzik programı sizler icin sitemizde bulunmaktadir.

Rua 24 de Maio 1289 - Centro - Fortaleza - Ceará CEP 60020-001 (85) 3252 4266/3226
9194 - bancariosce@bancariosce.org.br

 

porn izle - sohbet telefon - sohbet hatti - porno - porno film
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
  www.igenio.com.br