|
|
23/12/2008 |
 |
INFORME TERÇA-FEIRA, DIA 23/12 |
 |
|
|
Lula e Sarkozy defendem ação global contra a crise financeira |
Apesar de serem, ao menos na origem, de campos políticos diferentes, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Nicolas Sarkozy, afinaram os discursos e defenderam dia 22/12, na 2ª Cúpula Brasil-União Européia, uma política global conjunta para combater a crise financeira internacional e a adoção de novos mecanismos de controle de instituições financeiras. Ambos afirmaram não haver mais espaço no mundo para “especuladores”.
Para Sarkozy, a crise marca uma nova etapa na história mundial, que pede novos instrumentos de gestão. Pouco antes, Lula afirmou: “todos nós sabemos que essa crise é resultado de uma especulação financeira desavergonhada”. Essa especulação resultou, segundo ele, na disparada injustificada dos preços do petróleo e dos alimentos. “Não estou torcendo para a crise, mas a crise chama atenção do mundo e dos especialistas para rediscutirem o papel que o Estado nacional tem de exercer na economia”, disse Lula, para quem “se deixar por conta do mercado, a crise pode se alastrar e trazer convulsões sociais em vários países no mundo”.
Ele e Sarkozy defenderam o G20 como o fórum adequado para as discussões dos novos mecanismos de gestão global e de reforma das instituições, ressaltando a importância do multilateralismo nesses tempos de crise.
Indiretamente, Lula também sinalizou que deseja uma mudança no FMI: “se a gente tentar resolver essa crise com o mesmo paradigma monetário que a criou, nós não teremos solução de curto prazo”. Para Lula, chegou a vez de a política dar as bases para um novo paradigma mundial. “A única coisa que tenho convicção e certeza é que finalmente chegou a hora da política”. |
|
|
|
|