|
|
19/01/2009 |
 |
INFORME SEGUNDA-FEIRA 19 01 2009 |
 |
|
|
Demissões nos bancos é uma irresponsabilidade intolerável, adverte Contraf/CUT |
A Contraf/CUT considera inadmissível e uma irresponsabilidade dos bancos as demissões anunciadas pelo Santander, pelo HSBC e pelo Unibanco. O banco espanhol demitiu na quinta-feira 400 bancários dos centros administrativos do Santander e do Real; o HSBC cortou 100 postos de trabalho semana passada e o Unibanco está demitindo os trabalhadores que retornam de licença-saúde.
Há setores da economia que começam a ser atingidos pela crise internacional, em razão da desaceleração do crescimento provocado pela queda nas exportações de commodities e pelo enxugamento do crédito. Mesmo nesses setores, há intensa negociação envolvendo as centrais sindicais, as empresas e o governo na busca de alternativas que evitem demissões e perda de direitos por parte dos trabalhadores.
"Mas no sistema financeiro é um completo absurdo haver demissões. Os bancos brasileiros não sofreram nenhum impacto com a crise. Pelo contrário, continuam com os lucros astronômicos e com grande liquidez, foram beneficiados pela liberação dos compulsórios, mantêm a cobrança dos maiores juros do planeta, aumentaram os spreads e cobrem com folga a folha de pagamentos com a cobrança de tarifas", critica Miguel Pereira. "Os bancários e a sociedade brasileira não permitirão que eles ajam com tamanha ganância e irresponsabilidade em um momento grave como este".
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, participou da mobilização e disse que a postura do Santander, ao demitir 400 trabalhadores, foi um ato de irresponsabilidade não só com a categoria bancária, mas com toda sociedade brasileira. "Nossa luta agora é para que esses trabalhadores sejam reintegrados", afirmou. Arthur Henrique criticou, ainda, a postura da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) sobre as medidas e discussões sobre o reflexo da crise financeira. "Como a Fiesp declarou que com ou sem a CUT vai propor a redução de jornada com redução de salário, nós trabalhadores vamos continuar lutando em defesa do emprego e da renda com ou sem Fiesp", disse o dirigente. |
|
|
|
|