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21/01/2009 |
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INFORME QUARTA-FEIRA 21 01 2009 |
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Ipea endossa o coro por queda na Selic |
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, disse na terça-feira, dia 20/1, que é preciso haver uma redução drástica da taxa básica de juros, a Selic, para evitar o desemprego em 2009. A posição assemelha-se à defendida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).
"Os juros reais estão muito elevados. Isso não contribui para criar uma expectativa de maior investimento e da defesa do emprego e da produção nacional. A taxa de juros que temos hoje está inadequada para uma conjuntura de crise", disse Pochmann, durante a apresentação de estudo do instituto sobre as possíveis repercussões da crise internacional no Brasil.
O atual valor da Selic, de 13,75%, será revisto nesta quarta, durante reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Pochmann defende uma revisão pra baixo de até quatro ou cinco pontos percentuais, mas evita fazer qualquer previsão para o que pode ser decidido.
PIB – O estudo defende a redução drástica, pois concluiu que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro precisa crescer mais de 4% este ano para que a taxa de desemprego não aumente. E, para tal, a diminuição da taxa é vital.
No estudo foram apresentadas três simulações de crescimento do PIB para este ano e os reflexos nas taxas de emprego e desemprego. No primeiro, o mais otimista, com o PIB de 4%, haveria a criação de 1,3 milhão de novos postos de trabalho. Mas, 154 mil pessoas aumentariam a taxa de desemprego.
No cenário mais pessimista, o que prevê o crescimento de apenas 1% no PIB, seriam mais 320 mil postos de trabalho contra um total de 1,126 milhão de novos desempregados. Na perspectiva de crescimento de 2,5%, seriam gerados 800 mil empregos e 806 mil novos desempregados.
Falta mais – Márcio Pochmann disse ainda que as medidas tomadas pelo país até o momento estão no caminho certo, mas não são suficientes para que o Brasil ultrapasse os 4% de crescimento. "Todas as simulações que temos feito indicam que um crescimento inferior a 4% implicará numa possível inflexão nessa trajetória positiva que o Brasil vinha registrando", disse. |
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