|
|
10/02/2009 |
 |
INFORME TERÇA-FEIRA, DIA 10/2 |
 |
|
|
Maria da Conceição Tavares diz que trabalhadores não devem temer a crise |
Uma visão otimista em relação à crise financeira internacional. Esta é a posição da economista e professora da UFRJ Maria da Conceição Tavares, que acha que os trabalhadores não devem temer a recessão que atinge os EUA e assusta o mundo. Ela participou de um debate no Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro (SEEB/Rio), na última sexta-feira, dia 6/2, promovido pela corrente cutista CSD-CUT Democrática e Socialista.
Segundo Maria da Conceição, há muitas vantagens na atual crise em relação à de 1929. "Hoje há avanços no campo dos direitos civis", afirmou numa alusão crítica ao aspecto autoritário da década de 1930. Mais uma vez, ela fez críticas pesadas à atual política do Banco Central de juros altos comandada por Henrique Meirelles e acredita que países como Japão e o próprio EUA serão muito mais atingidos pela recessão do que o Brasil. "Antigamente eles espirravam e nós pegávamos uma pneumonia. Agora, eles pegam a pneumonia e nós só espirramos", comentou com ironia.
Brasil em vantagem
Maria da Conceição Tavares considera que o momento econômico ajuda na superação da crise. "Pela primeira vez na história não temos uma dívida pública externa", disse. Outro aspecto positivo para o País, segundo a especialista, é o contexto político. "Em 1930 o movimento sindical foi perseguido, embora tenham sido importantes os avanços trabalhistas. Agora, além de um presidente do lado dos trabalhadores os sindicatos têm a liberdade de manifestação", ressalta.
Até em relação a outros países da América Latina a economista vê vantagens do Brasil. "Somente o Brasil possui bancos públicos relevantes que sobreviveram ao neoliberalismo e ainda temos saúde e previdência pública, ainda que precárias. Isso é uma vantagem para o momento", afirma. |
|
|
|
|