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11/02/2009 |
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INFORME, QUARTA-FEIRA, DIA 11/02 |
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Reajustes salariais serão menores em 2009 |
Nos últimos três anos, os reajustes salariais coletivos concederam aos empregados ganhos reais (isto é, acima da inflação) de 1% a 2%, em média. No entanto, essa situação favorável ao trabalhador deve se reduzir neste ano, já que a maioria das companhias (62%) trabalha com a expectativa de, em 2009, somente repor as perdas salariais decorrentes da inflação.
Os números estão na atualização da Pesquisa de Remuneração Total da consultoria Watson Wyatt. O estudo contempla os reajustes salariais coletivos e individuais realizados entre junho e novembro de 2008 e traz informações sobre as previsões das empresas para este ano. Participaram do estudo 207 companhias, com faturamento anual médio de US$ 1,4 bilhão, sendo que 78% são multinacionais e 22%, nacionais. O levantamento cobre toda a massa salarial das companhias, de funcionários operacionais até diretores e presidentes.
Mesmo com a eclosão da crise, os acordos salariais coletivos realizados entre junho e novembro de 2008 superaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), principal referência nas negociações salariais. Em 2009, essa situação deve mudar.
Segundo o estudo, apenas 35% das empresas planejam repor os salário acima da inflação, ao passo que 3% prevêem reajustes abaixo desse patamar. Nesse último caso, o valor mínimo de referência para a reposição seria 80% do INPC acumulado no período. Entre as empresas com expectativa de superar a inflação no próximo acordo coletivo, a intenção é conceder um ganho real de 1% a 2%. No total, a previsão média para o crescimento da folha de pagamento é de aproximadamente 7%, valor superior à meta de inflação estabelecida pelo Governo, que é de 4,5% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Cabe destacar que parte desse percentual será destinado aos reajustes por promoção e mérito, e não aos acordos coletivos.
A crise também afetou de modo significativo os planos de contratação das empresas, que caíram praticamente pela metade: 48% das empresas pesquisadas afirmam que mantiveram as previsões e 40% informam que congelaram as contratações previstas. Porém, apenas 2% eliminaram ou ainda eliminarão seus planos de novas contratações.
Apesar da perspectiva pouco favorável no que diz respeito aos salários e novas contratações, 62% das empresas afirmaram que devem manter seu quadro de empregados intacto, enquanto 21% planejam aumentá-lo. Do total, 17% prevêem cortes de empregos, sinalizou a pesquisa. |
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