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20/02/2009 |
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INFORME, SEXTA-FEIRA, DIA 20/02 |
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Alta do crédito faz BB ter lucro recorde |
O Banco do Brasil (BB) registrou, em 2008, lucro líquido de R$ 6,68 bilhões, valor 13,7% maior que o do ano anterior e novo recorde da instituição. Se forem considerados fatores extraordinários, que não se repetirão e elevaram os ganhos do banco no último trimestre do ano, o lucro do BB sobe para R$ 8,8 bilhões e supera em 74% o resultado de 2007. O grande impulso nos resultados do banco estatal veio da forte expansão da carteira de crédito, de 40% no ano, bem acima da média do mercado, em torno de 30%.
Entre os efeitos extraordinários, destacam-se ganhos atuariais da Previ, o fundo de pensão do BB. Eles engordariam o balanço do banco no quarto trimestre em R$ 5 bi. Mas desse valor o banco deduziu perdas extraordinárias da Caixa de Previdência-Cassi (R$ 1,259 bi), provisão contra crédito duvidosos (de R$ 1,6 bi) e outras despesas fiscais extraordinárias (R$ 1,154 bi). Assim, ficou R$ 1,31 bi de ganhos com a Previ.
Com uma política agressiva - principalmente no último trimestre, quando foi estimulado pelo governo a fazer frente à crise de liquidez -, o BB ampliou em 52,5% os empréstimos a pessoas físicas ao longo de 2008 e em 48,4% os destinados às empresas. No fim do ano, sua carteira de crédito somava R$ 224,8 bilhões, contra R$ 160,7 bilhões de um ano antes. Só no último trimestre, o banco ampliou em 21% a carteira de empréstimo consignado, em 19% a de veículos, e em 16,8% a dirigida a micro e pequenas empresas. De outubro a dezembro, aumentou em 11,2% sua carteira total de empréstimos, enquanto o Bradesco, único dos grandes bancos que já divulgaram balanço, cresceu 9,2%.
- Não existe desconforto. Há, de fato, o papel mais agressivo, proativo do governo em relação a vários setores da economia, inclusive em relação ao banco - argumentou ontem o presidente do BB, Antonio Lima Neto, durante a apresentação do balanço. - O governo está no seu papel diante da crise. Cabe a ele chamar a sociedade para a racionalidade, inclusive os bancos públicos. |
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