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26/02/2009 |
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INFORME QUINTA-FEIRA, 26/2 |
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Itaú lucra R$ 1,8 bilhão |
A crise econômica mundial prejudicou o lucro líquido dos bancos Itaú e Unibanco no último trimestre do ano, porém, foi insuficiente para reverter os resultados positivos acumulados no período de janeiro a setembro. Segundo balanço divulgado ontem, o Itaú registrou lucro líquido de R$ 1,871 bilhão de outubro a dezembro, o que representa uma queda de 26,7% em relação ao mesmo período de 2007. Já o Unibanco ficou no azul em R$ 652 milhões, valor 7,4% menor que o observado em 2007.
No ano, porém, as instituições financeiras, que se fundiram no início de novembro, contabilizaram lucro líquido de R$ 7,803 bilhões no ano passado — considerada a soma do resultado da Itaú Holding nos três primeiros trimestres do ano mais o resultado da fusão. Com esse desempenho, o grupo ficou em segundo lugar no ranking dos bancos que divulgaram seus balanços, perdendo apenas para o Banco do Brasil, que teve lucro líquido recorde de R$ 8,8 bilhões.
Para possibilitar comparação com o ano anterior, o Itaú Unibanco Banco Múltiplo apresentou ontem o resultado “pró-forma” — inclui o desempenho do 4º trimestre (já com a fusão dos bancos) mais a simulação dos resultados dos primeiros três trimestres do ano, caso os bancos estivessem associados. Nesse caso, o lucro em 2008 seria de R$ 10,004 bilhões em 2008 e de R$ 11,921 bilhões em 2007. Mesmo no “pró-forma”, o lucro líquido do grupo não é superior ao de 2007 devido às vendas de participações em outras empresas (como Serasa e Redecard) e ao aumento da provisão para créditos de liquidação duvidosa. A despesa com provisão atingiu R$ 3,430 bilhões no quarto trimestre, o que corresponde a uma elevação de 26% em relação ao período anterior, e de R$ 11,286 bilhões no acumulado do ano. Isso ocorreu devido à reclassificação de risco de operações de crédito ocasionado pelo impacto da desaceleração econômica.
O diretor-presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, disse ontem que, a despeito da fusão entre as duas instituições, acredita que não será necessário fazer demissões. “Acreditamos que é possível ao longo do tempo fazer ajustes. Não estão prevendo nenhum grande programa de demissões”, disse Setubal.
RANKING
Os mais lucrativos em 2008 (em R$ bilhões)
Banco do Brasil - 8,80
Itaú/Unibanco - 7,80
Bradesco - 7,62
Caixa - 3,90
Santander/Real - 2,8 |
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