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24/03/2009 |
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INFORME TERÇA-FEIRA DIA 24 03 2009 |
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Cortes de vagas no CE foram apenas sazonais |
A crise financeira internacional ainda não chegou ao mercado de trabalho cearense. É o que se pode inferir a partir das análises do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre as perdas de postos de trabalho no País. Enquanto algumas regiões amargam demissões por conta da retração nas vendas de automóveis e no comércio exterior, o Ceará apresentou apenas cortes por conta de ajustes sazonais. Esta comparação está relacionada às características econômicas de cada estado. No caso do Ceará, ressalta o economista do Dieese, Nelson Chueri Karam, o mercado de trabalho tem sofrido menor impacto da crise, frente aos outros estados, o que é proporcional ao tamanho da economia local.
De acordo com Karam, a crise tem refletido diferentemente de acordo com a região do País e com os setores produtivos. Segundo o Dieese, o Nordeste e Centro-Oeste tem sentido menor repercussão da recessão global, enquanto os mais atingidos são o Sul e o Sudeste. Ao contrário das montadoras e de indústrias voltadas para a exportação, a construção civil não registrou fortes perdas de vagas. O supervisor técnico do órgão no Estado, Reginaldo Aguiar, diz que de modo diferenciado do País, tem se observado variações assemelhadas nos anos anteriores nas perdas de empregos no Ceará. “Entre dezembro e janeiro sempre se demite”, avalia. “É o caso dos empregos temporários do comércio para as vendas de fim de ano, dos terceirizados no setor público em trocas de gestão. A indústria tem mantido o nível de emprego. Não há nada tão significativo que venha justificar crise sem precedente”.
No Brasil - No País, a crise financeira internacional eliminou aproximadamente 750 mil empregos formais entre novembro do ano passado e fevereiro deste ano, segundo levantamento do Dieese divulgado ontem. De acordo com o estudo, este volume representa uma queda de 2,3% do emprego formal no período.
O setor mais atingido foi a agropecuária, com recuo de 7,9% das vagas em dezembro ante novembro do ano passado e de 8,6% no acumulado de novembro a fevereiro. Em seguida, ficou a indústria de transformação, que registrou perda de 3,6% dos postos com carteira assinada em dezembro ante novembro e de 5% no acumulado até fevereiro. |
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