A greve nacional dos bancários cresceu em todo o país no segundo dia da paralisação. Conforme levantamento efetuado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com base nas informações enviadas pelos sindicatos até as 19h30 desta sexta-feira, dia 25, o número de agências fechadas subiu para 4.791, além de departamentos e centros administrativos de todos os bancos, públicos e privados. No primeiro dia os sindicatos haviam informado o fechamento de 2.881 unidades.
"A indignação cresce à medida que o tempo passa e os bancos não apresentam proposta, principalmente porque querem reduzir a PLR enquanto pagam bônus milionários aos altos executivos. Por isso a tendência é a greve crescer ainda mais na segunda-feira", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
O Comando Nacional enviou ofício à Fenaban na sexta-feira 18 comunicando a rejeição da proposta de reajuste de 4,5% apresentada pelos bancos no dia anterior e cobrando uma nova proposição. Até o momento, os bancos não entraram em contato com os representantes dos trabalhadores para marcar uma nova negociação. Já foram realizadas cinco rodadas com os banqueiros desde a entrega da minuta de reivindicações dos bancários, ocorrida no dia 10 de agosto.
Cordeiro destaca que os bancários não aceitam somente a negociação das reivindicações econômicas, como reajuste de 10% (reposição da inflação mais aumento real), a PLR de três salários mais R$ 3.850 para cada trabalhador e a valorização dos pisos. "Queremos ir além das questões de remuneração e abranger outras demandas dos bancários, como garantia de emprego, mais contratações, melhores condições de saúde e trabalho, fim das metas abusivas, segurança contra assaltos, auxílio educação e previdência complementar para todos, dentre outros pontos", afirma.
Fonte: Contraf/CUT |