Bancários de todo Brasil dão lição de luta e dignidade. Nesta sexta-feira, 2, nono dia da greve nacional, 7.053 agências foram paralisadas em todos os 26 estados e no Distrito Federal, segundo novo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com base em dados enviados às 19h30 pelos 134 sindicatos ligados ao Comando Nacional dos Bancários. Foi mais um dia de crescimento do movimento, paralisando 109 agências a mais do que as 6.944 contabilizadas na quinta-feira.
"Os bancários estão parando, apesar dos abusos dos bancos para impedir o exercício do direito constitucional de greve, como os interditos proibitórios. A força da greve é uma reação da categoria ao desrespeito demonstrado pelos banqueiros na mesa de negociação. Não apresentar novas propostas mesmo depois de dois dias de discussões é uma aposta no confronto e a categoria vai manter o enfrentamento e mostrar que tem dignidade", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Nas frustradas negociações entre o Comando Nacional e a Fenaban, realizadas nesta quinta e sexta-feira, os bancos mais uma vez insistiram em reduzir a PLR, não querem conceder aumento real, se recusam a dar garantias de emprego e se negam a valorizar os pisos salariais e a melhorar as condições de saúde, segurança e trabalho. Em razão da intransigência dos banqueiros, o Comando Nacional orientou os sindicatos a fortalecerem ainda mais o movimento a partir de segunda-feira, 5, 12º dia de greve. "Sem uma proposta que venha a atender as reivindicações da categoria, a mobilização vai continuar nos bancos públicos e privados de todo país", ressalta Carlos Cordeiro.
Fonte: Contraf-CUT |