O Banco do Brasil informou nesta quinta-feira que fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1,979 bilhão, 6% superior ao ganho de R$ 1,867 bilhão em igual período do ano anterior. O resultado foi impulsionado pela expansão do crédito, comentou a instituição no relatório financeiro enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Os ativos totais da instituição somavam R$ 685,684 bilhões no final de setembro, uma expansão de 49,6% em 12 meses. O banco se consolida, assim, na liderança do ranking bancário doméstico (já incluídos a aquisição da Nossa Caixa, as incorporações do Besc e do BEP, além de 50% de participação no Banco Votorantim).
Os ativos totais do Itaú Unibanco em 30 de setembro eram de R$ 612,399 bilhões, ante 577,974 R$ bilhões um ano antes --a instituição teve lucro trimestral de R$ 2,268 bilhões. Os do Bradesco somavam em setembro R$ 485,686 bilhões, crescimento de 14,9% em relação ao mesmo período de 2008.
Nos nove primeiros meses de 2009, os ativos da Caixa Econômica Federal cresceram 24%, para R$ 341,9 bilhões, o que recoloca o banco como o quarto maior do país nesse critério, desbancando o Santander.
Crédito
O Banco do Brasil encerrou setembro com uma carteira de crédito total de R$ 301,421 bilhões, expansão de 41,1% em 12 meses, com destaque para o segmento de veículos, que deu um salto de 243,4% neste intervalo. O banco usou para esse cálculo o conceito ampliado, que inclui garantias prestadas e títulos privados.
Os ganhos com a forte alta nas operações de financiamento foram diminuídos, em parte, pelo aumento das despesas com provisões para perdas esperadas com crédito, que no período somaram R$ 3,017 bilhões, praticamente estável em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas bem acima do R$ 1,338 bilhão provisionados no terceiro quarto de 2008.
O índice de inadimplência (medida pelo total de operações vencidas há mais de 90 dias) encerrou o trimestre em 3,6%, superior aos 3,3% do final de junho e aos 2,2% do final de setembro do ano anterior.
O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido de julho a setembro ficou em 26,2%. Em igual intervalo de 2008, esse índice havia ficado em 30,5%.
Os efeitos extraordinários agregaram R$ 215 milhões ao lucro líquido, principalmente devido à receita extra de R$ 209 milhões com o exercício da venda de um lote suplementar de ações da Cielo (ex-VisaNet). Desconsiderados os efeitos extraordinários, o lucro trimestral recorrente atingiu R$ 1,764 bilhão, abaixo dos R$ 2,037 bilhões do mesmo trimestre de 2008. |