|
|
 09/09/2010 |
 |
Quinta-feira, 09 de setembro de 2010 |
 |
|
|
Ceará tem a segunda pior renda do País |
O cearense tem a segunda pior renda média em todo o Brasil (R$ 674,65), de acordo com levantamento do Laboratório de Estudos da Pobreza (LEP), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Pnad 2009, divulgada ondem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo completo, com informações sobre o cenário local, será divulgado hoje no Curso de pós-graduação em economia da Universidade Federal do Ceará (Caen/UFC).
De acordo com o coordenador executivo da pesquisa, o economista Flávio Ataliba, o número só não é maior do que o verificado no estado do Piauí. “Neste estado a renda fica em torno dos R$ 600”. Se comparado com o ano passado, o Estado apresenta um crescimento de 4,38% , maior do que os cenários da Região Nordeste (2,62%) e do Brasil (2,16%). “Mas apesar de ser maior do que o crescimento nacional, ainda representa um valor pequeno, já que no País, o valor médio ficou em R$ 1.106”, comentou Ataliba.
Desocupação
Segundo a Pnad, a crise global ajudou a formar um acréscimo de 1,3 milhão de pessoas no contingente de desempregados entre 2008 e 2009. A população desocupada (sem trabalho e procurando emprego) subiu para 8,4 milhões de pessoas entre 2008 e 2009, um aumento de 18,3%, maior taxa de elevação desde 2001.
Com isso, a taxa de desemprego, ou de desocupação, saltou de 7,1% em 2008 para 8,3% em 2009.
Em 2009, entre as 101,1 milhões de pessoas da população economicamente ativa, 91,7% estavam trabalhando. O número de empregados com carteira assinada subiu 1,5% entre 2008 e 2009, para 32,4 milhões de trabalhadores - um acréscimo de mais de 483 mil trabalhadores neste contingente em 2009, em relação a 2008.
Segundo Flávio Ataliba, o aumento no número de desocupados mostra uma pressão do mercado. “O que temos é que aumentou o número de carteiras assinadas pela formalização, o que faz com que mais pessoas pressionem o mercado. Temos ainda a crise do ano passado, que diminuiu o número de postos de trabalho”, comentou o economista.
Sobre a renda média mensal das famílias brasileiras (que inclui aposentadorias, pensões e demais rendas), a Pnad identificou um aumento de 1,5% em 2009 contra 2008. De acordo com o levantamento, o rendimento médio mensal real domiciliar subiu de R$ 2.055 para R$ 2. 085 de 2008 para 2009.
“Se dividirmos por quatro, que é o número médio de pessoas de uma família básica, temos uma renda per capita no Ceará de R$ 368 em 2008 e R$ 383 em 2009, com aumento de 4,28%, a 14ª variação de 27 estados pesquisados”, disse o economista.
Fonte: O Povo |
|
|
|
|
