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03/06/2011 |
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Sexta-feira, 03 de junho de 2011 |
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CUT sai frustrada de reunião com governo sobre fim do Fator Previdenciário |
A reunião na quinta-feira, dia 2/6, de representantes da CUT e demais centrais sindicais com os ministros Garibaldi Alves (Previdência Social) e Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência da República) para discutir o fim do Fator Previdenciário terminou sem nada de concreto. “Saio daqui frustrado porque há milhões de trabalhadores esperando uma decisão sobre o fim do Fator Previdenciário e o que algumas centrais sugerem é que comecemos de novo a discussão”, disse Artur Henrique, presidente da CUT.
O governo não apresentou nenhuma proposta para ser debatida e os representantes de algumas centrais sindicais sugeriram o reinício do debate sobre como substituir o Fator - fórmula de cálculo implantada em 1999 para reduzir o valor das aposentadorias por tempo de contribuição.
A proposta da CUT é substituir o Fator pela fórmula 85/95. Entre outras mudanças, essa fórmula prevê o congelamento da tábua de expectativa de vida para todos aqueles que atingirem o tempo mínimo de contribuição (35 para homens e 30 para mulheres), independentemente de terem preenchido todos os requisitos para se aposentar.
Pela fórmula 85/95, o trabalhador precisa somar o tempo de contribuição à sua idade e, se o resultado dessa soma for 95 (no caso de homens) e 85 (no caso de mulheres), a aposentadoria será integral. A nova regra reduz o tempo necessário para se aposentar com 100% do benefício e, como consequência, aumenta o valor das novas aposentadorias.
Para Artur Henrique, se não há acordo entre as centrais, o governo teria de apresentar uma proposta para ser discutida, pois a demora para se tomar uma decisão significa que os trabalhadores têm que trabalhar cada vez mais para ganhar cada vez menos. “Se não há consenso entre as centrais, o governo tem de estabelecer qual a sua proposta”, concluiu.
O assessor da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo, propôs que os ministérios da Fazenda, Planejamento, Previdência Social e a Secretaria-Geral se reúnam para decidir que proposta apresentar ao movimento sindical e, depois, marcar uma nova reunião com os representantes das centrais. “O governo vai tratar do tema, se reunir, e decidir sua posição”. Todos os sindicalistas concordaram com a proposta. |
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