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08/12/2009 |
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Edição Nº 1113 de 7 a 12 dezembro de 2009 |
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| AMOR AO ESPORTE |
Família de bancário é destaque internacional no Karatê |
Nove campeonatos estaduais, seis brasileiros e duas participações em mundiais. Faixa preta há dez anos e 20 de prática desportiva. Essa é só uma pequena amostra do extenso currículo da karateca cearense Maria Lenilda Rodrigues Moreira, esposa do bancário do Bradesco, Reginaldo Moreira, que também é atleta, mas que, sem patrocínio e com o trabalho do banco, não tem mais tempo para se dedicar ao esporte.
Agora, ele se sente representado pela esposa e pela filha Amanda, de 20 anos, que também é uma das campeãs do Ceará no esporte. “Além disso, ele é meu maior incentivador, meu fã número 1. Acredita, incentiva e, às vezes, quando eu vacilo diante das dificuldades, ele está ali sempre dizendo que tudo vai dar certo e que eu vou conseguir”, afirma Lenilda.
O esporte entrou na vida da família por acaso, como explica Lenilda: “nós começamos no karatê como forma de incentivar meu filho no esporte. No final, ele desistiu de continuar, mas, por outro lado, viciou toda a família”, brinca ela.
Lenilda explicou ainda que, quando o marido era becista, as coisas eram bem mais fáceis, pois o banco patrocinava a família nas competições. Após a privatização do banco estadual, eles perderam o patrocínio. “O apoio do BEC era muito importante, mas eu nunca deixei me abalar por essas coisas. Continuo correndo atrás de patrocínio, treinando e fazendo bonito em todas as competições que participo”, orgulha-se.
Hoje, Lenilda deixou a vida pacata de dona de casa e vive inteiramente do esporte e para ele. Dá aulas em uma escolinha de Karatê, treina de duas a três horas por dia, participa do maior número de competições possíveis e ainda atua como árbitra em campeonatos nacionais e internacionais. Como fruto do trabalho árduo, dezenas de medalhas coroam seu esforço.
Recentemente, Lenilda esteve no México representando o Brasil no campeonato mundial, de onde trouxe duas medalhas de prata em duas categorias diferentes. Ela enfatizou o orgulho que sentiu com a conquista: “vocês não têm ideia do apoio que os atletas de fora têm de seus países. Lá é outro pensamento. Eles recebem tudo. Aqui a gente luta pra conseguir cada coisinha. E quando eu vi a bandeira do meu País lá em cima, entre os melhores, eu senti uma emoção muito grande”, conta.
Atualmente, Lenilda luta para conseguir uma Bolsa-atleta: um benefício concedido pelo governo federal com o objetivo de garantir uma manutenção pessoal mínima aos atletas de alto rendimento que não possuem patrocínio, buscando dar condições para que se dediquem ao treinamento esportivo e participação em competições visando o desenvolvimento pleno de sua carreira esportiva. “Espero que esses resultados no Mundial me ajudem a conquistar mais essa vitória”, conclui. |
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