O HSBC eliminará 30 mil empregos, enquanto se retira de países onde está enfrentando dificuldades para competir, afirmou o maior banco da Europa na segunda-feira, 1º/8, após apresentar um surpreendente aumento no lucro do primeiro semestre. A instituição teve lucro antes de impostos de US$ 11,5 bilhões entre janeiro e junho, acima dos US$ 11,1 bilhões apurados um ano antes e melhor que a média das estimativas de analistas, de US$ 10,9 bilhões, segundo pesquisa da Reuters.
O HSBC também informou que cortou 5.000 empregos em meio à reestruturação em andamento na América Latina, nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Oriente Médio, e que eliminará outros 25 mil postos até 2013. “Haverá mais cortes de empregos”, disse o presidente-executivo do banco, Stuart Gulliver, em teleconferência. “Será algo em torno de 25 mil vagas eliminadas entre agora e o final de 2013”. Os cortes equivalem a quase 10% do quadro de funcionários do HSBC e integram o programa de redução de custos da instituição, que planeja focar suas operações na Ásia.
Repúdio – Indagado sobre os cortes, o diretor do Sindicato e funcionário do HSBC, Humberto Filho, afirmou que “o HSBC além de lucrar bilhões, deixa os trabalhadores na mão”. O diretor disse ainda que banco vê o trabalhador apenas como um custo para a empresa. “Nós, como dirigentes, repudiamos essa atitude do banco em querer demitir os colegas trabalhadores em todo mundo e estaremos atentos para agir se essa ação chegar ao Brasil e ao Ceará”. |