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14/12/2009 |
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Edição Nº 1114 de 14 a 19 dezembro de 2009 |
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| PRO TESTE |
Análise reprova oito entre dez protetores solares FPS 30 |
Apenas dois entre dez protetores solares FPS 30 em loção avaliados pela Pro Teste Associação de Consumidores comprovaram eficiência na proteção solar. E apenas três não apresentaram na composição o benzophenone-3, um ingrediente que já é proibido em outros países, por ser potencialmente cancerígeno. Quatro dos protetores têm baixa proteção UVA (cujos raios atingem as camadas mais profundas da pele, causando envelhecimento precoce), mas a legislação brasileira não exige um mínimo. E cinco deles não são resistentes à luz e ao calor, perdendo a eficiência. É o que mostra a análise publicada na revista Pro Teste de dezembro e disponibilizada no site: www.proteste.org.br. O teste envolveu análise de rotulagem, composição, irritabilidade, hidratação, proteção, resistência a exposição solar e teste em uso.
A associação reivindica que seja proibido o uso da substância benzophenone-3 na composição dos produtos, ingrediente proibido em outros países, por apresentar esterogenicidade, entrar na circulação sanguínea e ser potencialmente cancerígeno.
Também está pedindo à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que passe a exigir o fator UVA de, no mínimo, um terço do FPS do produto, assim como ocorre na Europa, e que esta informação conste no rótulo. Assim como sejam obrigatórios testes de fotoestabilidade para verificar se eles são estáveis nas condições reais de uso, durante a exposição solar.
O FPS é responsável por blo-quear os raios UVB, que são mais fortes entre 10 horas e 16 horas, período não recomendado para exposição prolongada ao sol. São os principais responsáveis por câncer de pele, queimaduras e vermelhidão.
RESULTADOS – Os protetores L'Oréal Solar Expertise e o Cenoura & Bronze foram os que se saíram melhor na avaliação de eficiência do filtro solar. No teste de fotoinstabilidade, o FPS dos produtos foi medido antes e depois da exposição a uma temperatura de 40ºC. As marcas Avon, La Roche-Posay, Nivea, Banana Boat e Sundown foram reprovadas.
Alguns produtos, como o da Nívea, perderam 50% do seu FPS. Todos os protetores analisados são de fator 30. Após uma hora de uso, eles caíam para FPS 15. O segundo pior foi o La Roche Posay, que manteve só 62% de sua proteção indicada no rótulo. Isso não quer dizer que os produtos não oferecem proteção aos raios UVB, e sim que têm pouca resistência à luz e ao calor, segundo a associação. Além de instável à exposição solar, o Coppertone declarou um fator de proteção (30), maior do que o medido (25).
Todas as embalagens mencionavam resistência à água, mas, após imersão de meia hora, a proteção do produto da Natura caiu para 30% do FPS inicial, por exemplo. O Sundown caiu para 55%.
A presença de substâncias bloqueadoras dos raios UVA – que têm incidência constante durante o dia todo – é indicada nos rótulos dos 10 produtos. Mas só três embalagens mostram o grau de proteção: Cenoura & Bronze, L"Oréal Solar Expertise e Natura Fotoequilíbrio. Não há regulamentação no Brasil que obrigue a presença de substâncias bloqueadoras dos raios UVA, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os produtos que não apresentaram na composição o benzophenone-3, ingrediente que segundo a associação já é proibido em outros países, foram o L'Oréal Solar Expertise, o Cenoura & Bronze e o Hélioblock da La Roche-Posay. |
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