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14/12/2009 |
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Edição Nº 1114 de 14 a 19 dezembro de 2009 |
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| BANCO DO BRASIL |
Plenária nacional reúne dirigentes sindicais |
A Contraf-CUT realizará no dia 15/12, na sede da entidade em São Paulo, uma plenária nacional de dirigentes sindicais do Banco do Brasil para discutir e planejar as ações de 2010, o que inclui a definição da proposta de PCCS que será apresentada à empresa na mesa específica sobre o tema, definida no acordo aditivo da campanha salarial deste ano.
“As negociações que teremos com o banco no próximo período são resultado das conquistas da mobilização e da greve do funcionalismo. Precisamos estar preparados para fazer a discussão de temas importantes e depois termos mais uma vez a capacidade de mobilização para pressionar o BB a atender nossas reivindicações”, afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários. A Contraf-CUT enviou comunicado às entidades no dia 27/11 com orientações sobre as atividades que devem preceder a plenária, que inclui um texto para subsidiar a discussão sobre PCCS.
PCCS – Uma reivindicação histórica dos funcionários do BB é a construção de um PCCS em que o funcionário seja valorizado na empresa e possa vislumbrar as possibilidades de encarreiramento e crescimento ao longo de sua vida profissional.
Em 2004, em função de acordo coletivo, foi formado um Grupo de Trabalho (GT) para discussão e apresentação de relatórios sobre o Plano de Cargos e Salários (PCS) e o Plano de Cargos Comissionados (PCC) vigentes à época. O objetivo era formatar um novo PCC/PCS. O GT-2004 não prosperou, evidentemente porque as premissas adotadas pela direção do BB eram totalmente dissonantes da expectativa do funcionalismo.
Situação atual – No BB, a política de gestão de pessoas e de remuneração é falha e insuficiente. A fragmentação da estruturação dos planos (PCC, sob a responsabilidade da Estratégia e Organização) e o PCR (Plano de Cargos e Remuneração, chamado de PCS) e a sistemática de remuneração, sob a responsabilidade da Gestão de Pessoas, dificulta a condução do processo e trava o debate.
O PCR (cargo: E1 a E12) – A desvalorização do plano de carreira, baseada numa pretensa realidade mercadológica, inseriu o BB no processo de exacerbação do individualismo e promoveu a perda de uma cultura organizacional "saudável"; a promoção por antiguidade recebeu, equivocadamente, o "carimbo" de mão-de-obra "acomodada" e "atrasada" frente às mudanças; com a redução dos interstícios a antiguidade, que pressupõe experiência, deixou de ser um instrumento que garante a todos a possibilidade de valorização pelos anos dedicados ao banco; a carreira técnico-cientifica e a carreira de apoio foram colocadas em extinção; foi efetuado o congelamento do anuênio, em 1997, para os funcionários pré-97 e não foi concedida a verba salarial aos pós-98; a remuneração dos cargos da carreira técnico-científica não é condizente com o nível de formação demandada.
O PCC (função ou comissão) – É preocupante a ausência de metodologia quantitativa para a precificação de comissões, porque fica volátil o estabelecimento do Valor de Referência (VR). A adoção de pesquisa salarial, restrita ao mercado de alguns bancos privados, gera distorções salariais na política de remuneração pela média de mercado; Não há previsão de evolução horizontal no cargo, o que impede a valorização da curva de maturidade dos profissionais na mesma função; o percentual da comissão na composição da remuneração gera insegurança e instabilidade ao empregado, diante da falta de critérios mais objetivos de descomissionamento. Além de haver fragilidade nos critérios de ascensão funcional (processo seletivo subjetivo) ainda é constatada a falta de consequências quando descumprem a norma, o que tira a credibilidade do processo. |
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