O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, se reuniu na sexta-feira, dia 12/8, com a Fenaban, em São Paulo, para a primeira avaliação semestral do programa de combate ao assédio moral, previsto no parágrafo 2º do acordo coletivo de trabalho aditivo para prevenção de conflitos no ambiente de trabalho. Os dirigentes sindicais fizeram um balanço positivo dos primeiros seis meses de vigência do programa, mas defenderam ajustes para melhorar a sua aplicação.
O acordo foi assinado, em janeiro, entre várias entidades sindicais e diversos bancos, como Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, HSBC, Citibank, Caixa Econômica Federal, Votorantim, Safra e BIC Banco.
A Fenaban fez uma apresentação com dados estatísticos setoriais das denúncias de assédio moral apresentadas pelos sindicatos aos bancos, bem como trouxe sugestões de indicadores para avaliar o desempenho do programa.
Os dirigentes sindicais propuseram que a Fenaban inclua nas suas estatísticas as denúncias de assédio moral que também são feitas pelos canais internos dos bancos e quais as causas que provocaram essas denúncias. Os negociadores da Fenaban ficaram de consultar os bancos sobre as propostas apresentadas e continuar as discussões numa próxima reunião, em data a ser marcada.
Canal de denúncias – Trata-se de uma experiência pioneira. Foi aberto um canal de denúncias, via sindicatos que firmaram o instrumento coletivo, que são repassadas aos bancos, preservando a identidade dos denunciantes, com o compromisso por parte dos bancos de investigar os casos apresentados. Os bancos acolhem as denúncias, abrem processos de investigação e, no prazo de 60 dias, informam os resultados aos sindicatos com as providências adotadas. Já as denúncias apresentadas ao sindicato de forma anônima continuam sendo apuradas pelas entidades, mas fora das regras desse programa. Para denunciar, acesse www.bancariosce.org.br
De acordo com a Contraf-CUT, até o início de setembro deve ocorrer nova reunião. |