Em reunião ocorrida na quinta-feira, dia 25/8, em Brasília, o novo coordenador-geral de Controle de Segurança Privada da Polícia Federal, delegado Clyton Eustáquio Xavier, abriu uma agenda de diálogo com representantes dos bancários, vigilantes, bancos e empresas de vigilância e transporte de valores. Ele defendeu o conceito de proteção à vida das pessoas e propôs construir um entendimento em torno de medidas concretas para reduzir o crime da “saidinha de banco”, que está apavorando trabalhadores e clientes.
Após duas horas de debates, não houve consensos, mas os bancos e as empresas de segurança ficaram de avaliar propostas de instalação de equipamentos de prevenção nas agências e postos de atendimento, como câmeras internas e externas com qualidade de imagens e monitoramento em tempo real, biombos entre a fila de espera e os caixas, divisórias entre os caixas eletrônicos e isenção de tarifas de transferência de recursos (TED, DOC etc). Eles também ficaram de estudar o uso de arma não letal pelos vigilantes nos estabelecimentos.
“Esses equipamentos são muitos importantes para prevenir ações criminosas e garantir a privacidade e o sigilo das operações, especialmente os saques em dinheiro, evitando a observação de olheiros e impedindo que clientes sejam alvos e vítimas de assaltantes”, afirma o secretário de imprensa e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. “Esse crime inicia dentro das agências e postos de atendimento e, por isso, os bancos precisam fazer a sua parte, em vez de responsabilizar os clientes e a segurança pública”, destaca.
Propostas dos bancários e vigilantes – A Contraf-CUT e a CNTV entregaram para a Polícia Federal um documento com propostas de combate à “saidinha de banco”. Há medidas de melhoria na estrutura de segurança dos estabelecimentos, instalação de equipamentos para a privacidade das operações e novos procedimentos para eliminar riscos e trazer segurança.
Uma das propostas dos bancários e vigilantes é a instalação obrigatória da porta giratória de segurança em todas as agências e postos de serviços, em todos os acessos destinados ao público, incluindo a sala de autoatendimento. Outra proposta que os trabalhadores defenderam é o fim da triagem de clientes que ocorre no acesso à parte interna de muitas agências e postos para fins de depósito em dinheiro e saques. |