O Comando Nacional, sob coordenação da Contraf-CUT, coloca nesta terça-feira (6/9) no centro da mesa do segundo dia da segunda rodada de negociações com a Fenaban o tema da segurança bancária. Uma das prioridades definidas pelos trabalhadores, durante a 13ª Conferência Nacional, é a melhoria da assistência médica e psicológica aos bancários vítimas da insegurança nos bancos.
A categoria também reivindica que as instituições financeiras instalem mais equipamentos de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões. Os bancários reafirmaram a proposta de instalação das portas individualizadas de segurança antes do autoatendimento, com pequeno recuo em relação à calçada para colocação de um guarda-volumes para evitar qualquer constrangimento aos clientes. Outra reivindicação importante dos bancários é o adicional de risco de morte no valor equivalente a 30% da remuneração total que o trabalhador recebe no mês.
Primeiro dia – No primeiro dia da negociação sobre saúde e segurança, iniciada nesta segunda-feira, 5, em São Paulo, os bancos recusaram as principais reivindicações sobre saúde e condições de trabalho apresentadas pelo Comando Nacional, inclusive as relacionadas a metas. Eles negam que haja metas abusivas nas instituições financeiras e questionam até mesmo a veracidade das pesquisas que apontam o aumento do número de adoecimentos na categoria em razão da pressão por aumento da produtividade.
Para combater o desrespeito dos bancos, os bancários propõem, entre outras coisas, a participação dos trabalhadores na fixação das metas, que devem levar em consideração o tamanho, a localização e o perfil econômico das dependências. O Comando Nacional também reivindicou que não haja meta de venda de produtos para os caixas. E que as metas não sejam individuais nem comparadas por quaisquer tipos de ranking.
Os representantes da Fenaban disseram que o estabelecimento de metas é prerrogativa da gestão das empresas, informaram que a recomendação dos bancos é evitar a divulgação de ranking individual de metas, afirmaram não ser possível fazer qualquer relação entre metas, assédio moral e adoecimento dos trabalhadores, e questionaram as metodologias das pesquisas sobre saúde dos bancários. Os banqueiros também declararam que os bancários estão satisfeitos com as metas e que quando um trabalhador sai do banco é para ir trabalhar em outro banco.
Em resposta ao questionamento dos bancos, o Comando Nacional propôs a realização de uma pesquisa nacional conjunta sobre a saúde dos bancários e sobre as metas, além da inclusão na Convenção Coletiva de uma cláusula proibindo a divulgação de rankings individuais sobre cumprimentos de metas. Os negociadores da Fenaban ficaram de levar essas propostas para a avaliação dos bancos.
Assédio moral – O Comando Nacional e os representantes dos bancos concordaram com a retomada imediata da comissão de acompanhamento da cláusula de prevenção de assédio para concluir o balanço dos primeiros seis meses de vigência do programa.
Antecipação – A rodada de negociação sobre remuneração foi antecipada pela Fenaban para a próxima segunda-feira, dia 12. |