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04/01/2010 |
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Edição Nº 1116 de 4 a 9 janeiro de 2010 |
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| DESEMPENHO |
Bancos públicos superam os privados em lucro e tamanho em 2009 |
Os bancos públicos federais superaram as instituições privadas nacionais em tamanho e em lucratividade, segundo dados dos balanços referentes ao terceiro trimestre de 2009 organizados pelo Banco Central. Esses resultados foram obtidos, principalmente, pelo bom desempenho do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que recebeu grande aporte de recursos da União para aumentar seus empréstimos durante o período mais agudo da crise.
Também contribuiu para isso a consolidação das aquisições realizadas pelo Banco do Brasil, que comprou a Nossa Caixa e metade do banco Votorantim. Os ativos dessas duas instituições, somados aos da Caixa Econômica Federal, do Banco da Amazônia e do Banco do Nordeste, chegaram a R$ 1,39 trilhão no final de setembro. No final daquele mesmo mês, instituições privadas de controle nacional listadas pelo BC possuíam R$ 1,34 trilhão.
Há três meses, os bancos nacionais privados ainda superavam as instituições públicas em ativos. Não entram nessa conta os bancos privados de controle estrangeiro que atuam no país, como Santander e HSBC, que possuem mais R$ 685 bilhões.
O levantamento também mostra que o lucro do BNDES ajudou as cinco instituições federais a registrar, juntas, um ganho maior que os bancos privados nacionais. Enquanto o lucro dos grupos estatais foi de R$ 5,3 bilhões nesses três meses, os agentes privados nacionais tiveram ganho de R$ 4,9 bilhões. No final do trimestre passado, antes dessa virada, esses bancos privados acumulavam lucro 75% acima do registrado pelos federais.
POLÍTICA DE GOVERNO – Uma das explicações para essas mudanças é o avanço dos bancos públicos no crédito nos últimos 12 meses. Depois de liderarem o mercado de empréstimos no País por cinco anos seguidos, os bancos privados nacionais e estrangeiros perderam espaço para as instituições estatais, cujos ativos e lucros cresceram com o aumento nos empréstimos.
Desde junho de 2004, os bancos privados vinham puxando a alta do crédito no País e a sua carteira foi se distanciando das instituições públicas. Em setembro de 2008, a diferença entre os dois segmentos chegou a 30%. A partir daí, no entanto, essa distância começou a encolher. Em setembro de 2009, o estoque de financiamentos dos dois segmentos estava praticamente empatado. A expectativa é que, em 2010, a economia brasileira volte a apresentar níveis de crescimento próximos do verificado no período anterior à crise. |
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