O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, realizou nesta terça-feira (13/9), com a direção da Caixa Econômica Federal, em São Paulo, a terceira rodada de negociação das reivindicações específicas dos empregados. No centro da mesa de debates estiveram três pontos principais: carreira, jornada de seis horas e isonomia.
Os empregados da Caixa reivindicam que até 2012 a Caixa atinja o quadro de 100 mil empregados. “O banco reconhece que houve aumento da demanda de trabalho, mas relega novas contratações à autorização de órgãos controladores. Enquanto a empresa coloca empecilhos, na prática os bancários vivem as consequências da sobrecarga de trabalho, o que gera adoecimento”, afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.
Carreira – O Comando reivindicou transparência no Processo Seletivo Interno (PSI). A Caixa se dispôs a fazer um debate com técnicos na área para que seja possível pontuar os problemas e avançar na proposta.
Os bancários reivindicaram a criação de cargos específicos na área de tecnologia da informação. A Caixa ficou de apresentar proposta. O Comando reivindicou ainda mudança de postura em relação aos participantes do REG/Replan não-saldado, que vêm sofrendo inúmeras discriminações por parte da empresa. Esses empregados ficaram, por exemplo, impossibilitados de aderir à tabela salarial unificada do PCS de 2008 e, em 2010, eles foram excluídos do Plano de Funções Gratificados, entre outros prejuízos.
Outro ponto tratado sobre carreira foi em relação ao poder arbitrário dos gestores de destituir os empregados de suas funções. A Caixa sinalizou que está estudando e pretende apresentar proposta.
Jornada – O desrespeito à jornada de seis horas esteve também na mesa de debates e foi negada pela Caixa. Neste sentido é fundamental ressaltar a necessidade do registro de ponto obrigatório também ao nível gerencial. Em relação à jornada de trabalho foi pautado ainda o fim das horas negativas no Sipon.
Caixa nega isonomia – A isonomia de direitos entre novos e antigos empregados com extensão da licença prêmio e normatização dos pontos já conquistados no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) foi outro ponto reivindicado pelo Comando.
Desde 1998, a partir dos novos empregados contratados, os bancários avançaram em vários itens da isonomia, como a ausência permitida por interesse particular, parcelamento da devolução do adiantamento das férias, plano de saúde e nova tabela do PCS. Ainda resta avançar na licença prêmio e em relação aos adicionais de tempo de serviço. A Caixa foi categórica em dizer que não será possível.
Valorização do piso – Houve, em função da valorização do piso salarial, um acerto da curva salarial no valor de R$ 39, reajuste concedido para todos os empregados. Mas os bancários participantes do REG/Replan não saldados foram deixados de fora.
Proposta – O Comando deve se reunir novamente com a Caixa na próxima quarta-feira, dia 21/9, em Brasília, quando o banco apresentará proposta às reivindicações. |