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07/10/2011 |
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Quarta-feira, 05 de outubro de 2011 |
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Sindicato protesta com Cordéis contra as práticas antissindicais dos bancos |
A Literatura de Cordel, gênero literário de forma rimada, tipicamente nordestina está sendo usada pelo Sindicato dos Bancários do Ceará para protestar contra a postura dos bancos durante a greve nacional dos bancários. Na última segunda-feira, o Bradesco conseguiu um interdito proibitório na tentativa de ameaçar o movimento grevista. O Cordel mostra "A peleja do monstro Presença para derrotar a deusa greve". Outros dois cordéis foram criados para o BNB e Itaú, e mais dois serão produzidos envolvendo o Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Para o autor do Cordel, Tomaz de Aquino, diretor de Imprensa do Sindicato dos Bancários do Ceará e coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB, "precisamos usar a criatividade como forma de sensibilizar os bancários que ainda não aderiram à greve e protestar contra as praticas antissindicais dos bancos”.
O cordel está sendo utilizado pelo Sindicato durante a greve dos bancários no Estado como instrumento de protesto e de mobilização, além de denunciar à sociedade as práticas antissindicais cometidas pelos Bancos durante a greve nacional da categoria.
Tomaz de Aquino criou outros Cordéis para o Banco do Nordeste - “A incrível estória do Conterrâneo que não pagava promessas” e para o Itaú - “A Saga do Pererê contra o Personalitè”. Acesse o site – www.bancariosce.org.br para ler os cordéis do BNB e Itaú.
Confira abaixo o Cordel para o Bradesco
Autor - Tomaz de Aquino (Diretor de Imprensa do SEEB/CE)
Lá na cidade de Deus
Que mais parece um inferno
Fica a sede do Bradesco
Banco que se diz moderno
Mas recorre ao interdito
Instrumento medieval
Para acabar com a greve
Direito mais que legal
"Presença" ele se intitula
Tirando uma de bonzinho
Que diz atender a todos
Do ricaço ao pobrezinho
Na verdade o que ele almeja
e busca a todo vapor
é o rico dinheirinho
do barão, do camelô
Prá continuar explorando
O povo e a categoria
inventa tarifa nova
E meta prá todo dia
Demite trabalhador
Faz bancário de vigia
Cobra trabalho noturno
De olho na mordomia
Agora em tempo de greve
Afronta a democracia
Em conchavo com a justiça
Pratica estripulia
Impedindo o Sindicato
De chegar perto da agência
Prá realizar seu trabalho
Com harmonia e decência
Lucrou quase 4 bi
Só no primeiro semestre
Encheu as burras de novo
Isso sempre acontece
Paga piso miserável
Lucro não quer repartir
E o direito de greve
Agora quer coibir
Mas bancário não é besta
População também não
Prá engolir a conversa
Fiada de tubarão
Com o Sindicato do lado
Vamos partir afiados
Prá buscar o que é nosso
Honrar o nosso quinhão
A greve se mantém forte
E vai ficar muito mais
Quando os bancários e o povo
Mandarem esse Caifás
Que atende por "Presença"
Sem peso na consciência
Sem carta de indulgência
Pros braços de Satanás
Vou terminar minha prosa
Pedindo à população
Que apóie a justa luta
Dos bancários da Nação
Que querem o Banco pro povo
Com crédito de baixo custo
Sem fila e sem enganação
Pagando salário justo.
Fonte: SEEB/CE |
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