Os trabalhadores do Sistema Petrobrás referendaram nas assembleias o Acordo Coletivo conquistado na luta pela categoria. Em várias bases a proposta foi aprovada por unanimidade e em outras com mais de 90% dos votos, confirmando o desfecho vitorioso de uma campanha histórica. As assembleias nas bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP) já foram concluídas em todos os estados do País, com exceção do Terminal de Cabiúnas, em Macaé, onde a consulta aos trabalhadores prossegue até hoje (6).
A FUP e seus sindicatos farão a assinatura institucional do Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2013 na próxima sexta-feira (9/12), no Rio de Janeiro. A luta por segurança, ampliação dos benefícios e melhores condições de trabalho e salários continua, pois é permanente e se faz também no dia a dia, denunciando e enfrentando os gestores que atacam os direitos da categoria.
Reconquista de direitos – Uma das mais emblemáticas conquistas desta campanha é a retomada de direitos que foram retirados dos petroleiros na década de 90, durante o governo FHC. A força da organização da categoria e o seu poder de luta foram preponderantes no enfrentamento com os gestores e resgataram direitos históricos, como a progressão salarial a cada 12 e 18 meses, garantindo a todos os trabalhadores o avanço de um nível por antiguidade a cada 24 meses, independentemente da avaliação dos gerentes. Soma-se a isso o extra turno (dobradinha) de mais um feriado (7 de setembro) e o descongelamento do ATS dos trabalhadores que tiveram esse direito atacado no passado.
Ganho real – Além de terem garantido a antecipação da inflação durante as primeiras rodadas de negociação, os petroleiros conquistaram entre 2,5% e 3,25% de ganho real, um dos maiores reajustes conquistados esse ano pelas categorias organizadas. Soma-se isso a garantia de um piso no pagamento do abono, o que ampliou os valores para os trabalhadores que recebem menos.
Avanços nos benefícios – Um dos eixos da campanha foi a melhoria dos benefícios, já que esse é um acordo que tem validade de dois anos para as cláusulas sociais. Houve avanços importantes em relação à AMS, Petros, benefícios educacionais e Programa Jovem Universitário, sem falar nas conquistas dos anistiados e aposentados que continuam na ativa. |