Para quem ainda acredita que as privatizações trouxeram algum ganho para o Brasil, aí vai uma conta bem simples. O governo FHC afirma ter arrecadado R$ 85,2 bilhões com a venda das empresas públicas. O País, no entanto, pagou R$ 87,6 bilhões para as empresas que assumiram esse patrimônio público. Isso mesmo: gastou R$ 2,4 bilhões a mais do que alegou receber. A conta, feita à época das privatizações pelo jornalista Aloysio Biondi, está no livro A Privataria Tucana, lançado na sexta-feira, 9/12, pelo jornalista Amaury Ribeiro, e com a primeira edição de 15 mil exemplares já esgotada no sábado, 10.
Quem ganhou? – Aí é que residem as grandes revelações do livro-denúncia de Amaury Ribeiro, um premiado jornalista investigativo, que trouxe histórias, factuais e documentadas, dos crimes obscurecidos pelo processo de privatização. O livro, da Geração Editorial, tem 320 páginas: 200 de texto jornalístico da melhor qualidade e 120 de reproduções de documentos e provas.
Alguns personagens são bem conhecidos. Além do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do seu ministro do Planejamento, José Serra, há o “chefe da lavanderia do tucanato”, conforme define o autor, o ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira, apontado como “artesão” dos consórcios da privatização das telecomunicações no País.
Abrindo empresas desse tipo, para limpar o dinheiro sujo que saía do País, a família de José Serra deu uma mãozinha à “privataria tucana”, principalmente o genro e a filha, Verônica Serra. E, ainda de acordo com o apurado por Amaury Ribeiro, todos eles enriqueceram muito após o processo de privatizações do final de década de 1990.
Onde comprar – Quem desejar adquirir o livro, pode comprá-lo, inclusive em versão digital, no site da Livraria Saraiva: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3698464/a-privataria-tucana-col-historia-agora/ ou da Livraria da Folha: http://livraria.folha.com.br/catalogo/1174618/a-privataria-tucana . |