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08/02/2010 |
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Edição Nº 1121 de 8 a 13 de fevereiro de 2010 |
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| ABUSO DE AUTORIDADE |
Policial prende vigilante no BB da Bezerra de Menezes por pedir identificação |
Os funcionários, clientes e usuários da agência do Banco do Brasil da Av. Bezerra de Menezes foram surpreendidos por um tumulto na unidade, na sexta-feira, dia 29/1. Como resultado, o vigilante Márcio Cleison Lima Silva acabou algemado e levado para a delegacia, apenas por cumprir suas tarefas e pedir identificação a um policial que queria entrar na agência.
Por volta das 13h da sexta-feira, 29/1, Márcio estava na porta giratória da unidade quando um policial quis entrar na agência. Márcio seguiu a orientação do gerente e pediu a identificação do policial, que foi logo levantando a voz e agredindo o vigilante com palavras de baixo calão. O vigilante insistiu em pedir a identificação do militar, mas esse passou a ameaçar Márcio com um fuzil e a toda hora querendo intimidá-lo com a ameaça de prisão. O vigilante apenas justificou que estava cumprindo ordens da gerência do banco, mas o policial continuou insistindo até entrar na unidade e prender Márcio. “Depois de todo o tumulto, eu chamei o gerente e ele autorizou a entrada do policial, mas ele foi logo me algemando, tomando minha arma e me conduziu para a delegacia. Ele queria até pedir reforço para me prender”, conta.
O diretor do Sindicato dos Bancários e funcionário do Banco do Brasil, Bosco Mota, reprova a atitude do policial. “Hoje, os assaltantes estão roubando armas, fardamentos da Polícia, e o vigilante está ali para garantir a segurança de todos. Então, o policial tem que se identificar. Não é ofensivo para ninguém. O profissional está ali cumprindo seu dever e o policial se identifica e pronto. Tudo certo. Agora o que não dá para admitir é que uma pessoa que é paga por nós para nos defender saia por aí algemando trabalhador. Existem muitos crimes para combater na cidade. Algemar trabalhador não é certo”, afirmou Bosco.
Já o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Ceará, Geraldo Cunha, informa que pedir a identificação de policiais, mesmo fardados, é uma orientação dos bancos, das empresas de segurança e da Polícia Federal. “Ele só estava cumprindo seu dever. A prisão foi arbitrária, sim, e nós do Sindicato vamos acionar o secretário de Segurança Pública, Roberto Matoso, para que essa atitude seja expressamente coibida”, declarou.
Após o incidente, Márcio voltou a sua jornada normal de trabalho na agência, mas informou que nunca teve qualquer problema com a identificação de policiais desde que trabalha na unidade, há cinco meses. Ele informou ainda que pretende mover contra o Estado uma ação de danos morais. |
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