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 22/02/2010 |
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Edição Nº 1122 de 22 a 27 de fevereiro de 2010 |
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Extrapolação de jornada e assédio moral nas agências de Fortaleza |
O Sindicato dos Bancários do Ceará recebeu denúncias sobre a extrapolação de jornada em várias unidades da Caixa Econômica Federal em Fortaleza. Em alguns casos, os empregados chegam a trabalhar até às 22h, com apenas uma hora de descanso para o almoço, mesmo que suas jornadas sejam de seis horas. Além disso, tem sido denunciado também a prática do assédio moral, pois aqueles empregados que fazem faculdade no horário noturno e não podem ficar além da jornada são pressionados e “acusados” de não terem compromisso com o banco.
“A extrapolação de jornada vem sendo alvo de debate constante na mesa de negociação permanente e da forma como estamos recebendo denúncias de casos aqui em Fortaleza, agora que vamos insistir mesmo cobrando da Caixa uma solução urgente para a questão”, afirmou o diretor do Sindicato e empregado do banco, Marcos Saraiva.
A reivindicação da representação nacional dos empregados na mesa de negociação é de jornada de seis horas para todos os bancários, sem redução salarial. Em rodada dia 22/1, a Contraf/CUT e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) denunciaram as más condições de trabalho nas agências e áreas-meio da empresa, provocadas principalmente pela falta de empregados nas unidades. A carência de mão-de-obra traz, em consequência, a extrapolação constante da jornada de trabalho – quadro que vem acontecendo em Fortaleza.
A representação nacional dos empregados cobra da Caixa urgência na solução dos problemas que estão ocorrendo e medidas imediatas para coibir as situações caóticas causadas pela falta de pessoal, como o excesso de jornada dos caixas executivos, as falhas no atendimento, as doenças ocupacionais e a falta de segurança. Foram denunciados ainda os casos de caixas executivos que fazem até 900 autenticações, o que vem causando problemas de saúde. A Caixa ficou de levantar os dados das diversas situações, de modo a que sejam buscadas soluções para o problema do excesso de jornada. Quanto à contratação de mais empregados, a Caixa informou que 1.630 novos bancários foram contratados no segundo semestre de 2009. Em janeiro deste ano, segundo a empresa, o índice de contratação foi de 268 trabalhadores, enquanto em fevereiro a previsão é de que sejam contratados mais 901 empregados. Além disso, o banco comprometeu-se a realizar concurso para a contratação de mais empregados até no máximo junho deste ano.
“É claro para qualquer pessoa que entra numa agência da Caixa vê que o banco precisa contratar mais empregados. Além disso, a hora extra, como diz o nome, deve ser uma coisa extraordinária e não uma constante, como vem acontecendo em várias unidades”, ressaltou Marcos. “A sobrecarga de trabalho acarreta vários problemas de saúde, como a LER/Dort e principalmente, mascara a necessidade da contratação de novos empregados. Queremos avisar que estamos alerta e que o Sindicato deve marcar para breve uma reunião com a gestão da empresa do Ceará para tratar do assunto, além de pressionar ainda mais o banco na mesa de negociação permanente. Qualquer denúncia de extrapolação de jornada e assédio moral deve ser levada imediatamente ao Sindicato para que possamos tomar as providências”, alerta. |
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