O HSBC deu mais um exemplo de que não valoriza seus funcionários. A direção do banco inglês lançou um novo plano de previdência corporativa que beneficia somente os bancários com rendimentos acima de R$ 3.500,00.
Pelo plano antigo, que continua ativo, o trabalhador pode contribuir mensalmente com até 12%, mas o banco limita sua contribuição em 0,5%. Já no novo, válido apenas para quem ganha mais de R$ 3.500,00, o banco contribui no mínimo com o mesmo valor de contribuição do funcionário, mas pode chegar a 140%, dependendo do tempo de casa do empregado. Ou seja, com até quatro anos de empresa, a contribuição do banco é de 100%, o mesmo valor que é depositado pelo bancário; com cinco a 14 anos, é de 120%, e com mais de 15 anos de HSBC, o banco entra com 140%.
O problema é que ao incluir apenas funcionários com um certo patamar de salário, o HSBC exclui a maioria de seus empregados. Ela destaca que, ao anunciar o novo plano na página de seu site interno, o HSBC estampou: “Por que estamos fazendo isso? Sabemos que saúde, família e tranquilidade financeira são temas prioritários na vida de qualquer pessoa. E queremos que a nossa equipe esteja bem, hoje e amanhã, porque precisamos estar bem para proporcionar aos nossos clientes uma excelente experiência”. Mas isso, desde que você, bancário, ganhe acima de R$ 3.500,00.
A média salarial do HSBC, uma das menores entre os bancos no Brasil, é de R$ 2.80,000. Ou seja, a grande maioria dos funcionários ficará de fora. |