A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) se reuniram nesta quinta-feira (8/3) com o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, em Brasília. Os bancários e vigilantes reforçaram as principais reivindicações dos trabalhadores para o projeto de lei que cria o estatuto de segurança privada, em fase de conclusão, que visa atualizar a lei federal nº 7.102/83. Participaram da reunião Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Daniel Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, José Boaventura Santos, presidente da CNTV, e Jonas Duarte Silva, assessor jurídico da CNTV.
Também esteve presente o delegado Clyton Xavier, coordenador-geral de controle de segurança privada da Polícia Federal, além de assessores do Ministério da Justiça e da Polícia Federal.
Marivaldo disse que está ouvindo representantes dos trabalhadores, dos bancos e das empresas de segurança, com o intuito de garantir a participação de todos os atores deste importante segmento para a sociedade brasileira na formulação do estatuto.
“Tivemos oportunidade para defender as nossas propostas, que têm por objetivo construir uma nova legislação, na perspectiva de prevenir assaltos e sequestros e proteger a vida de trabalhadores e clientes”, avaliou o diretor da Contraf-CUT. “A lei nº 7.102/83 está defasada e a elaboração de um projeto com avanços contribuirá para trazer mais segurança, enfrentar a onda de ataques a bancos e valorizar a dignidade humana”, explicou Boaventura.
Os bancários e vigilantes defenderam propostas como a obrigatoriedade das portas individualizadas de segurança com detectores de metais antes do autoatendimento em todas as agências e postos de atendimento, câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real e imagens de alta resolução, e vidros blindados nas fachadas externas.
Outras medidas destacadas foram a proibição do transporte de valores pelos bancários, o fim da guarda das chaves do cofre e das agências por bancários e vigilantes, como forma de evitar sequestros; a instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas e a colocação de divisórias opacas e individualizadas entre os caixas eletrônicos para garantir a privacidade nos saques, a fim de combater o crime da saidinha de banco. Os trabalhadores reafirmaram o pedido de uma audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a fim de mostrar a importância e a viabilidade das propostas. |