A Contraf-CUT, federações e sindicatos dos bancários participaram na terça-feira (3/4), em Brasília, de nova reunião do Grupo de Trabalho paritário com a Caixa Econômica Federal, que se dedica a analisar o Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), as horas extras e a jornada de trabalho. O encontro aprofundou os debates sobre o aperfeiçoamento do Sipon, ferramenta criada para registrar o horário de entrada e saída dos empregados de seus locais de trabalho, de acordo com o que é estabelecido pela legislação.
Inicialmente, os representantes do banco informaram que os testes para a implantação do login único já foram concluídos, restando agora apenas os encaminhamentos finais para que esse sistema passe a funcionar em termos definitivos. Em seguida, houve o debate sobre a necessidade de o Sipon ser utilizado exclusivamente como sistema de controle da jornada e não para a gestão de horas extras, culminando em horas negativas. Ocorre que, quando o empregado não possui saldo de horas extras e tem necessidade de faltar ou ausentar-se por algum período durante a jornada, a empresa costuma registrar essas horas como negativas, obrigando os bancários a pagá-las por meio de horas extraordinárias.
Há, inclusive, denúncias de que existem gestores que utilizam o artifício das horas negativas sempre em favor da Caixa, dispensando o empregado em períodos de poucas operações e cobrando a compensação em outros momentos de maior movimento, o que prejudica o trabalhador. O tema voltará a ser debatido numa próxima reunião, devendo ser realizada até o dia 15/5. Depois de cobrada pela Contraf-CUT, a Caixa ficou de analisar novos formatos para o Sipon. |