O governo quer que os bancos emprestem dinheiro ao mercado, como forma de dar dinâmica à economia – e a primeira instituição a tomar o recado ao pé da letra é a Caixa Econômica Federal, que aparece em primeiro lugar no ranking das maiores fomentadoras de crédito do País, com índice de 13,31% na relação entre patrimônio líquido e total de empréstimos realizados. Em quarto lugar, o Banco do Brasil aparece com índice de 7,23%, uma posição acima do HSBC (6,17%). Grandes instituições como Itáu (4,79%) e Bradesco (4,65%) surgem num bloco intermediário formado, ainda, pelo Banrisul (4,68%) e o BNB (4,77%).
Na lanterna, duas instituições estrangeiras e um banco de investimentos nacional. Com um patrimônio líquido apurado pela Austin Ratings de R$ 2.560 bilhões no Brasil, o americano J.P. Morgan, liderado aqui por Cláudio Berquó, é o campeão entre as pequenas carteiras de crédito, com índice de 0,68%. Logo atrás surge a instituição presidida pelo banqueiro André Esteves, o BTG Pactual. Esteves assumiu, nos últimos tempos, o papel de frequente interlocutor do governo federal. No episódio da quebra do Banco Panamericano, de Silvio Santos, ele ficou com a instituição ao lado da CEF.
Por outras razões, como a de prover recursos para sua matriz na Espanha, que sofre com a crise financeira do País, o Santander Brasil, presidido por Marcial Portela, ficou em terceiro lugar entre os que menos concedem crédito para o público. O índice de 3,02% apurado pela Austin está de acordo com os termos de recente comunicado da instituição, que afirmou executar uma “conservadora” política de empréstimos. A depender desses banqueiros, o chamamento do governo do mais crédito na praça tende a cair no vazio. |