O ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, assumiu o compromisso de enfrentar, junto com os bancários e demais categorias, a rotatividade que ocorre em alguns segmentos do mercado de trabalho, como o setor financeiro, durante sua exposição sobre emprego na sexta-feira (20) na 14ª Conferência Nacional, que está sendo realizada em Curitiba.
“Estou nesta Conferência com muita satisfação, mas minha presença aqui tem um motivo muito especial: a questão da alta rotatividade na categoria bancária, que é a maior juntamente com a construção civil. No caso da construção civil, há explicações estruturais, mas em relação ao sistema financeiro não há justificativa para essa prática dos bancos. Vou empunhar, junto com os bancários, a bandeira contra a alta rotatividade”, disse.
Ele acrescentou ainda que, além de ser perverso com o trabalhador, que perde seu emprego, o problema tem um alto custo para o governo. “A rotatividade contribui para um gasto de cerca de R$ 30 bilhões por ano com seguro-desemprego, dinheiro que deveria ser investido na qualificação profissional e no abono salarial dos trabalhadores”.
Combater a terceirização – O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, expressou ao ministro sua preocupação com o projeto de Lei 4330/04, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que tramita no Congresso Nacional. O projeto, se aprovado, escancara a terceirização no país e representa uma ameaça real à categoria bancária e a toda a classe trabalhadora, promovendo ainda mais a precarização no trabalho. |