O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), entrega hoje, dia 1º/8, às 17h30, a pauta nacional de reivindicações para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo, buscando a renovação com avanços da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que é válida para funcionários de bancos públicos e privados de todo País e completa 20 anos em 2012. As duas primeiras negociações já estão agendadas para os dias 7, 8, 15 e 16/8.
A data-base da categoria é 1º de setembro. A pauta foi aprovada na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada de 20 a 22/7, em Curitiba, após consultas, assembleias, encontros e conferências regionais preparatórias em todo País. A minuta foi referenda no Ceará na noite de ontem, 31/7, em assembleia dos bancários da base no Estado.
Segundo o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, “os balanços já divulgados do primeiro semestre mostram que os bancos continuam lucrando muito, apesar do terrorismo com a sociedade e das altas provisões para devedores duvidosos”. Para ele, “os bancos não têm motivos para recusar as reivindicações da categoria”. “Vamos intensificar a mobilização em todo País, dialogar com a sociedade e mostrar a força da unidade nacional da categoria para buscar novas conquistas econômicas e sociais”, aponta Cordeiro.
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5% mais a reposição da inflação projetada de 4,97% para o período), piso de R$ 2.416,38 (salário mínimo calculado pelo Dieese), participação nos lucros ou resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, além de vales-refeição, alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622,00 cada.
“Também buscamos melhores condições de trabalho e defendemos o fim das metas abusivas para venda de produtos, o combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades e mais segurança contra assaltos e sequestros com a instalação de portas giratórias em todas as agências e postos de atendimento, ampliação e melhoria do emprego, dentre outras medidas”, aponta o dirigente sindical.
“Além disso, propomos a universalização dos serviços financeiros para todos os brasileiros, através da abertura de agências e postos de atendimento, com segurança e proteção ao sigilo bancário”, salienta o sindicalista. “A categoria defende ainda a redução dos juros, spread e tarifas, visando o barateamento do crédito e a melhoria do atendimento da população”, conclui. |