“Chegou a hora de não servir mais e ser expurgado”. A frase de denúncia partiu do próprio Superintendente Regional do Banco do Brasil em Fortaleza, Oliveira Carneiro da Silva, e traduz bem o atual nível de desmandos do banco – o mesmo que se intitula “bom para todos”. Nesta semana, o Sindicato tomou conhecimento de mais uma manobra da Superintendência do BB no Ceará para justificar descomissionamentos e prejudicar seu funcionalismo.
A Super Estadual ordenou os superintendentes regionais a desvirtuar o uso da GDC (Gestão de Desempenho por Competência – antigo GDP) para avaliar o cumprimento de metas, enquanto deveria ser um sistema de avaliação para verificar somente o desempenho das competências funcionais. “Para aqueles administradores, gerentes gerais ou de contas que não atingem as metas inatingíveis, e que mudam a todo tempo, impostas pela Super são atribuídas notas baixas em suas avaliações, justificando a retirada de comissão. De uma escala de 1 a 5, eles recebem nota 2, por exemplo, mesmo sem desempenho ruim”, denuncia José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato e funcionário do banco.
Foi o que aconteceu com Oliveira, que durante anos no papel de gestor foi conivente com descomissionamentos injustos e, agora, não mais será Superintendente da Regional de Fortaleza justamente por conta dessa prática abusiva. “É provar do próprio veneno. Repudiamos a postura da Direção do banco porque é uma irregularidade absurda que burla o Acordo Coletivo. A GDP não é sistema para avaliar alcance de metas e o banco tem se utilizado dela para praticar desmandos a ponto de descomissionar gerentes ou migrá-los compulsoriamente para agências menores para reduzir seus salários”, afirma José Eduardo, acrescentando que o Sindicato está avaliando encaminhar as denúncias para o Ministério Público.
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