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  06/02/2013
Edição Nº 1272 de 4 a 16 de fevereiro de 2013
ARTIGO

A seca e o olhar sudestino

O pior da seca parece estar terminando, mas não terminou. Ainda haverá sofrimentos em 2013, menos água em muitos lugares, pastagem mais escassa, safra prejudicada. Mas a tendência é a situação melhorar daqui para frente, voltando à longa estiagem lá pelo ano de 2050, daqui a trinta anos. Não se repetiu a tragédia humana das grandes migrações e do genocídio humano. A lógica da convivência com o semiárido provou ser a mais correta e a tragédia só não se repetiu graças à pouca infraestrutura já implementada, como cisternas e algumas adutoras.

É duro ver as reportagens feitas pelos grandes meios de comunicação do Sul e Sudeste sobre nossa região, particularmente em tempos de longa estiagem. O imaginário preconcebido sempre está presente.

Elas têm enfatizado a morte dos animais. De fato, o gado bovino tem sofrido e morrido em quantidade nessa seca. Mas, essa é uma questão superada para o movimento social que defende a convivência com o semiárido, isto é, essa região nunca foi local adequado para se criar bois e vacas. Há uma comparação feita pelos educadores populares nos cursos de formação com uma estatística bem simples: um boi come por sete bodes, bebe por sete bodes, ocupa o espaço de sete bodes. Quando morre um boi, morre o equivalente a sete bodes.

Além do mais, os repórteres têm se dirigido exclusivamente ao sertão de Pernambuco, particularmente aos eixos da Transposição. Muitos insinuam: se a obra estivesse concluída, não haveria esse sofrimento. Mentira absurda. Os lugares visitados, como Cabrobó, estão às margens do São Francisco. Água é o que não falta para abastecer o sertão de Pernambuco. O problema continua sendo sua distribuição.

Ao seu modo, o governo começa fazer as adutoras, tão reivindicadas por nós. A do Algodão em Guanambi; do Pajeú, em Pernambuco; do São Francisco para Aracaju; do Forró no sertão de Curaçá; do Cristal no sertão de Petrolina; as duas de Remanso etc. Portanto, o governo sabe o que é correto fazer. Quanto à Transposição, tudo que prevíamos acontece: impacto nas comunidades, impacto no meio ambiente, prazos alongados, preços duplicados. Um fator não previmos: os projetos mal feitos e agora condenados pelos Tribunal de Contas da União.

Se a obra vai chegar ao fim não sabemos. Só lá poderemos confirmar nossas outras previsões, as mais cruéis: a água não é para o povo necessitado; vai impactar o São Francisco, que esse ano já está apenas com 27% em Sobradinho, e, finalmente, não vai resolver o problema da seca. Quem viver verá. O tempo é o pai da verdade.

Roberto Malvezzi, Gogó – Equipe CPP/CPT do São Francisco, músico, filósofo e teólogo

Última atualização: 06/02/2013 às 10:05:28
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