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30/08/2010 |
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Edição Nº 1149 de 30 de Agosto a 04 de Setembro de 2010 |
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| AMEAÇA À SEGURANÇA |
Banco do Brasil implanta projeto-piloto de retirada das portas de segurança |
O Banco do Brasil está implantando um projeto-piloto de retirada das portas de segurança com detectores de metais em algumas agências de São Paulo e outras cidades do País. Obras já estão em andamento na agência Iguatemi, em São Paulo. Na agência Jardim Bela Vista, em Osasco, as mudanças foram interrompidas após negociação com o Sindicato dos bancários local. Há denúncia de que o projeto está chegando ao Ceará.
“Essa medida está na contramão da proteção da vida dos bancários, vigilantes e clientes, aumentando a sensação de medo e insegurança e fragilizando ainda mais a prevenção contra assaltos”, afirma o funcionário do BB e secretário-geral da Contraf-CUT, Marcel Barros.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, denuncia que algumas agências do Ceará já estão para ser incluídas no projeto e considera um absurdo a atitude do BB. “O Banco do Brasil realmente está na contramão da segurança bancária. Os bancários estão reivindicando nessa Campanha Nacional mais segurança e o BB quer diminuir a pouca segurança que existe”, afirmou.
“O projeto-piloto está sendo feito sem qualquer negociação com as entidades sindicais, no momento em que as estatísticas do primeiro semestre deste ano mostraram um crescimento nos assaltos na capital e no interior dos estados brasileiros”, denuncia o funcionário do BB e secretário de Formação da Contraf-CUT, William Mendes.
“Ao invés de retirar as portas de segurança, o BB deveria fazer a sua parte e ampliar os equipamentos e as medidas preventivas nas agências. É preciso que o governo tucano de São Paulo e os bancos ampliem os investimentos em segurança para eliminar riscos, prevenir ataques das quadrilhas e reduzir a sensação de medo e insegurança”, defende William.
DANDO MAU EXEMPLO – “O BB está copiando o mau exemplo do Itaú Unibanco que foi o primeiro a retirar as portas giratórias das suas agências. O banco privado pretende remover esse equipamento em até 70% das cerca de 5 mil agências em todo País, mantendo-a somente em praças onde há legislação municipal ou estadual e em regiões mais perigosas ou próximas de rotas de fuga”, aponta o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.
“No primeiro semestre deste ano, 11 pessoas morreram em ataques a bancos no País. O maior patrimônio que existe no mundo é a vida das pessoas e ela precisa ser colocada em primeiro lugar”, conclui o diretor da Contraf-CUT. |
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