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30/09/2010 |
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Edição Nº 1154 de 30 de setembro de 2010 |
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Manifestações em várias agências do Centro movimentam greve no primeiro dia |

Os bancários do Ceará abriram com muitas manifestações o primeiro dia de greve da categoria ontem, quarta-feira, 29/9. Foram paralisadas no primeiro dia quase a totalidade dos bancos, com destaque para Banco do Brasil e Caixa. Em Fortaleza, os diretores do Sindicato dos Bancários do Ceará fizeram piquetes com bandas de música e muita animação na agência do Itaú na Rua Major Facundo, no Edifício Sede da Caixa, na agência da Caixa na Praça do Ferreira e agência do Banco do Brasil da Praça do Carmo.
Os diretores do SEEB/CE explicaram à população quais eram as principais reivindicações dos bancários. Marcos Saraiva, diretor da entidade, enfatizou que as reivindicações da categoria não ficam restritas à remuneração dos trabalhadores, mas também abrange melhorias nas condições de trabalho, fim de metas abusivas e mais contratações, o que reflete no atendimento aos clientes. “Nós temos que estar a serviço da sociedade brasileira. O Gestor da Caixa não pode dizer que presta um bom serviço ao público. É preciso acabar com o assédio”, disse.
O diretor do SEEB/CE e empregado da CEF, Áureo Júnior, lembrou que o sistema financeiro é o mais lucrativo de todo o País e esse lucro não é compartilhado de forma igualitária com os bancários. “É inadmissível na medida em que os trabalhadores foram que desenvolveram os grandes lucros!”.
MOBILIZAÇÃO – O bancário da agência da Caixa da Praça do Ferreira, José Elder Mendonça, acompanhou a movimentação do primeiro dia de greve. Na sua avaliação, a greve é única forma que os bancários têm para não aceitarem a intransigência dos bancos em relação às reivindicações dos trabalhadores. “Essa é só a linguagem que os banqueiros entendem, pois mexe com os bolsos deles. Todo ano eles só entendem as nossas reivindicações através da greve”, disse.
Na agência do Itaú da Rua Major Facundo, o diretor do SEEB/CE, Ribamar Pacheco, afirmou que foram feitas todas as formalidades necessárias nas negociações, mas estas terminaram sem sucesso. Já a diretora do Sindicato, Elvira Madeira, afirmou que na Caixa não há gente suficiente para trabalhar e que acima de tudo a agência quer atender bem a população ao se referir ao projeto “Minha Casa, Minha vida”. Elvira disse que atualmente no banco há o “minha casa, minha vida, minha agência entupida”. Ela lembrou o precário atendimento com apenas dois guichês atendendo, embora a agência conte com quatro guichês.
O delegado sindical do Edifício Sede da Caixa, Edson Alan, afirmou que a manifestação demonstra a indignação dos bancários. Ele apontou como principais problemas a perda salarial e o estresse devido à pressão por metas inatingíveis.
A mobilização dos bancários contou ainda com apoio de parlamentares estaduais. Foi realizada no final da tarde da quarta-feira, na sede do SEEB/CE, uma assembleia com os bancários para avaliar as atividades grevistas do primeiro dia, quando os bancários deliberaram pela continuidade da greve. |
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