Em Canindé, no dia 3/9, o tesoureiro da agência do Bradesco foi assaltado ao atravessar uma praça portando um malote de dinheiro sacado na agência do Banco do Brasil. As agências ficam praticamente em frente uma a outra, distantes 100 metros. O tesoureiro foi surpreendido por uma dupla de assaltantes quando atravessava a Praça da Basílica com um malote de dinheiro, de cerca de R$ 500 mil.
Transporte de valores pelo trabalhador bancário
O Sindicato dos Bancários do Ceará alerta aos trabalhadores bancários para que não façam transporte de valores, pois colocam em risco principalmente a sua vida. Alerta o diretor do SEEB/CE, Carlos Henrique Colares que “muitas instituições bancárias estão impondo aos seus empregados, trabalhadores bancários (caixas, tesoureiros, gerentes etc.) que façam o transporte ilegalmente. Nós recomendamos que não façam. Esse transporte deve ser feito por profissionais habilitados, treinados para esse serviço”, disse.
É muito comum, principalmente nas pequenas cidades, coincidentemente onde muitos bancários iniciam sua carreira, encontrar bancários transportando inadvertidamente em sacolas comuns (ou mesmo malotes bancários inequívocos, em lona), numerário e documentos bancários de que terão que prestar contas.
O pior ainda pode acontecer
Não são raros os casos em que, após um assalto, os bancos começam a colocar em dúvida a própria honestidade do bancário vitimado, geralmente fadado à demissão, ainda que sem justa causa, como se houvessem perdido a confiança nele e como se ele estivesse mancomunado com os deliquentes.
O Sindicato está em contato com a Promotoria de Justiça de Canindé para marcar audiência e tentar celebrar um termo de ajuste de conduta entre o Bradesco e o Banco do Brasil para que não permitam que grandes quantias como essa que foi levada nesse assalto, saiam das agências sem as devidas precauções. Além do que, o Sindicato entende que além do bancário, que colocou sua vida em risco, transeuntes e moradores de Canindé também estavam expostos, daí a necessidade da intervenção do Ministério Público.
O Sindicato pede também que os funcionários e tesoureiros denunciem essa prática para que possa tomar as devidas providências, já que a segurança do bancário e da população é de suma importância para a entidade.
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