Em apenas três semanas, o Sindicato dos Bancários do Ceará recebeu diversas denúncias de assédio moral praticado por um mesmo gerente do Banco do Brasil, em Fortaleza. O gerente-geral substituto da agência Fórum é o alvo das queixas de três funcionários diferentes, que relatam cobrança abusiva de metas e ameaças. Conforme apuração do Sindicato, o administrador diz estar “seguindo orientações da Superintendência”.
As denúncias dão conta de três situações distintas: pressão por antecipação da aposentadoria, quando o gestor obriga o funcionário a se aposentar por tempo de banco; ameaça de descomissionamento, caso o funcionário não antecipe a aposentadoria; e ameaça de descomissionamento se a meta imposta não for cumprida.
Segundo os denunciantes, o gerente tenta inibir os funcionários a denunciarem a situação – o que já aponta para o reconhecimento da postura assediadora – alegando que está cumprindo o manual da Superintendência e que é “protegido” do Superintendente do banco em Fortaleza.
Um dos funcionários afirma ainda que a intenção do gerente é cumprir a meta de todo o semestre já no mês de setembro para se destacar junto à Superintendência (“mostrando serviço”) e ganhar a concorrência para vaga de gerente. Com esse objetivo em mente, o gerente está lançando mão do famigerado assédio moral entre os colegas.
Recentemente, já de posse dessas informações, o Sindicato realizou uma reunião na agência sobre o assunto, mas a equipe não ficou à vontade para se manifestar. Depois disso, as denúncias sobre o comportamento do gestor continuaram chegando ao conhecimento da entidade sindical.
O Sindicato irá encaminhar todas as denúncias para a Gepes e para a Superintendência a fim de que a situação se resolva o mais breve possível. “É lamentável que, em curto espaço de tempo, a administração acumule denúncias de vários funcionários diferentes, confirmando a apuração do Sindicato: hoje, é profundo o clima de cobrança abusiva de metas e de assédio moral e é por isso que a Campanha entra na sua reta final com a grande insatisfação dos trabalhadores”, afirma Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato.
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