Com o apoio de diversas categorias de trabalhadores, das centrais sindicais e do Sindicato dos Bancários do Ceará, os bancários cearenses realizaram uma grande caminhada pelas ruas do Centro de Fortaleza na tarde da quarta-feira, dia 25/9. Entre as principais palavras de ordem estavam o respeito à pauta de reivindicações e o fim do Projeto de Lei 4330. Comércios e agências bancárias do bairro, em solidariedade ao movimento, fecharam as portas antes do fim do expediente.
Estiveram presentes, entre outros, os trabalhadores da saúde, asseio e conservação, metalúrgicos, comerciários, caminhoneiros e Correios (os últimos também estão em greve). A caminhada partiu da Praça do Carmo e se encerrou na Praça Murilo Borges. “Está muito claro para os trabalhadores bancários a solidariedade de classe no Brasil. Os trabalhadores clamam por mais segurança, por mais educação, por mais empregos, por melhor remuneração, pelo fim do PL 4330. Essa é a luta dos bancários e dos Correios em greve, mas essa também é a luta de todos os trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra.
Diretor do Sindicato, Clécio Morse, destacou o caráter pacífico da manifestação, que não registrou nenhum transtorno em todo o trajeto, e o apoio de movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). “Essa caminhada foi uma grande vitória da unidade dos bancários, dos Correios e das outras diversas categorias que também participaram do movimento. São os trabalhadores juntos exigindo do Governo Federal e dos banqueiros uma negociação imediata”, disse.
Ribamar Pacheco, também diretor do Sindicato, frisou as péssimas condições dos serviços públicos que os trabalhadores brasileiros enfrentam, como na segurança e na saúde. “As categorias estão demonstrando, nas ruas, a sua indignação frente a todas essas adversidades que encontramos hoje no Brasil. No caso específico dos bancários, as condições de trabalho estão cada vez mais precarizadas. Estamos em campanha e contando com a solidariedade de todos. Trabalhadores unidos, com certeza, haverão de mudar essa realidade”, afirmou.
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